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Bitcoin (BTC) abaixo dos US$ 80 mil: nem reserva estratégica nem cúpula na Casa Branca evitam queda das criptomoedas hoje

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O período de correção de preços tem colocado à prova a resiliência dos investidores em criptomoedas. Depois de atingir máximas históricas em janeiro, menos de dois meses depois, o bitcoin (BTC) já se encontra novamente abaixo dos US$ 80 mil, acompanhando nesta segunda-feira (10) a aversão ao risco que tomou conta dos mercados de ações, em especial, de Wall Street.

Os sinais de um futuro promissor — como a criação de uma reserva estratégica de bitcoin nos Estados Unidos e o encontro de Donald Trump com lideranças do setor — não foram suficientes para dissipar as nuvens carregadas formadas pelas tarifas sobre importações, as expectativas de inflação e o risco de uma recessão por lá.

A volatilidade já esperada no mercado de criptomoedas tem sido amplificada pelo cenário macroeconômico instável dos EUA e pela ausência de novos catalisadores positivos. O impacto se reflete em quedas expressivas nos principais ativos digitais.

Em 2025, o ethereum (ETH) já acumula uma desvalorização de 43,23%, com uma queda de 14,29% apenas recentemente. A solana (SOL) também sentiu o golpe, caindo 21,45% na última semana e acumulando uma perda de 38,05% no ano.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)Variação 24h (%)Variação 7d (%)Variação YTD (%)
1Bitcoin(BTC)US$ 77.796,34– 5,92%– 10,83%– 16,7%
2Ethereum(ETH)US$ 1.856,62– 7,91%– 15,39%– 44,27%
3Tether(USDT)US$ 0,9992– 0,06%0,00%0,13%
4XRP(XRP)US$ 2,01– 5,23%– 18,53%– 3,26%
5BNB(BNB)US$ 530,49– 4,29%– 8,81%– 24,32%
6Solana(SOL)US$ 116,75– 8,4%– 22,1%– 38,3%
7USDC(USDC)US$ 0,9998– 0,02%– 0,02%– 0,01%
8Cardano(ADA)US$ 0,6662– 7,42%– 25,93%– 21,04%
9Dogecoin(DOGE)US$ 0,1545– 8,59%– 25,07%– 51,05%
10TRON(TRX)US$ 0,229– 2,31%– 2,05%– 9,89%

A trejetória da queda

Na sexta-feira (07), durante a primeira cúpula cripto da Casa Branca, Donald Trump declarou: “Nunca venda seu bitcoin.” Mas, enquanto o ex-presidente fazia sua defesa da criptomoeda, muitos investidores preferiram não arriscar. 

O relatório semanal da CoinShares revelou que fundos de criptomoedas registraram uma retirada líquida de US$ 876 milhões na primeira semana de março.

Essa foi a quarta semana consecutiva de saídas em produtos negociados em bolsa (ETPs, na sigla em inglês) voltados para o setor, totalizando um fluxo negativo de US$ 4,75 bilhões.

Os primeiros indícios de que o mar não estava para ativos de risco surgiram ainda em dezembro, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sinalizou uma pausa nos cortes de juros. 

Desde então, mesmo com medidas favoráveis — como a ordem executiva para criar uma reserva de bitcoin e a proposta de estocar outros tokens —, o mercado já havia precificado essas decisões, e a falta de novos estímulos enfraqueceu o sentimento dos investidores.

“O mercado percebeu a cúpula como decepcionante, e as principais criptomoedas caíram após a revelação de que a aguardada reserva cripto conteria apenas ativos já detidos pelo governo”, afirmou Jeff Mei, diretor de operações da exchange BTSE, em entrevista à Bloomberg.

Para Mei, “o bitcoin pode muito bem cair para a faixa de US$ 70.000 a US$ 80.000 nas próximas semanas. Somente quando essa guerra tarifária acabar e o Fed retomar os cortes de juros é que as principais criptomoedas voltarão a se aproximar das máximas anteriores”.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que, apesar da turbulência recente e da alta volatilidade, o bitcoin tem mantido níveis importantes de preços. Em outras palavras, a criptomoeda conseguiu absorver a demanda da semana passada e fechar em uma espécie de “equilíbrio”, mesmo ainda com certo recuo.

“Este comportamento mostra para a gente como a disputa por espaço entre compradores e vendedores é intensa, o que também representa muito bem o atual momento de mercado que vivemos”, comenta.

*Com informações do Money Times e Bloomberg

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