Pela primeira vez desde o início de fevereiro, a bitcoin conseguiu ultrapassar a marca dos 100 mil dólares. A criptomoeda mais famosa do mundo volta a tocar nesta marca histórica, num dia em que os EUA alcançaram o primeiro acordo comercial desde que Donald Trump apresentou as suas “tarifas recíprocas”.
A criptomoeda já vinha a recuperar das grandes quedas registadas em fevereiro e março, mas o entendimento entre Londres e Washington permitiu à bitcoin dar o salto final. A esta hora, a moeda digital avança 4,09% para 101.022 dólares, muito próxima dos máximos históricos atingidos em janeiro e que catapultaram a bitcoin para os 109 mil dólares.
“A rapidez desta recuperação, numa altura em que o apetite pelo risco aumenta, envia um sinal de que os 109 mil dólares e até valores mais elevados estão ao alcance da bitcoin. O reforço da posição de detentores de longo prazo – aqueles que têm a moeda há, pelo menos, 155 dias – está mais do que a compensar as vendas de detentores de curto prazo”, explica Antoni Trenchev, fundador da plataforma de venda de criptoativos Nexo, à Reuters.
Também a ether, a criptomoeda da rede Ethereum, está a beneficiar deste contexto comercial mais ameno. A segunda maior moeda digital em termos de capitalização de mercado dispara mais de 12%, neste momento, para 2.043,01 dólares – o valor mais elevado desde finais de março.
A tendência não se alastrou, porém, ao resto do setor. Outras criptomoedas não recuperaram de forma tão acentuada, com a ether a negociar 50% abaixo de máximos históricos.