O conflito no Oriente Médio envolvendo Irã e Israel fez com que o preço do Bitcoin caísse drasticamente para US$ 90 mil na semana passada. A tensão de que a guerra evoluísse fez com que os investidores recuassem e procurassem ativos seguros.
Porém, após o anúncio do cessar-fogo entre os países envolvidos, o preço da moeda digital voltou a subir, chegando a bater a marca de US$ 107 mil em 48 horas. Aliado a isso, um anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceca de um grande investimento em ativos de cripto fez com que a expectativa aumentasse em relação à moeda digital.
Instabilidade no conflito
O Bitcoin conseguiu resistir por um tempo em meio ao conflito no Oriente Médio. Contudo, o temor pelo avanço da guerra fez com que o valor por unidade apresentasse uma queda brusca para US$ 90 mil. Além do Bitcoin, outras moedas digitais também entraram em queda, como a Ethereum e a XRP.
Com o cessar-fogo, o valor do Bitcoin voltou a ultrapassar os US$ 100 mil. A maior valor que a moeda digital atingiu foi o de US$ 112 mil por unidade.
Donald Trump na Cúpula de Ativos Digitais da Casa Branca, após estabelecer reserva de bitcoin (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)
Regulação do cripto
Na última terça-feira (24), o Senado americano aprovou por 68 a 30 um projeto que regula o StableCoin, uma das várias criptomoedas existentes no mercado e que é comumente atrelada ao dólar americano. Conhecida como Lei Genius, a legislação visa proteger os investidores da moeda digital.
Segundo o senador republicano Bill Hagerty, o projeto fará com que os Estados Unidos assumam a liderança em relação à criptografia. Ele foi um dos autores do projeto de lei aprovado.
Setor imobiliário
Com o processo de regulação das criptomoedas nos Estados Unidos, o próximo passo de Donald Trump é que os investidores possam realizar transações sem a necessidade de conversão para o dólar. E o primeiro setor a experimentar a novidade será o ramo imobiliário.
A Agência Federal de Financiamento Habitacional (FHFA) emitiu um comunicado para duas empresas que realizam hipotecas de residências pedindo que se ajustem para aceitar criptoativos em suas transações comerciais. De acordo com Adam Reeds, CEO da empresa de empréstimos em criptomoedas Ledn, a nova diretriz “reconhece que a riqueza moderna nem sempre está em contas bancárias tradicionais”.
A condição é que as empresas Fannie Mae e Freddie Mac reconheçam somente investimentos que possam ser fiscalizados por corretoras regulamentadas no país, a exemplo da Coinbase.