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CEO da TIM Brasil afirma que o Brasil é um grande mercado consumidor digital.

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Os clientes consomem mais dados quando migram da rede 4G para a 5G? Tipicamente, se você está com um celular com tecnologia 4G e passa para um 5G, o seu consumo dobra ao longo de alguns meses. Com isso, o tráfego também cresce muito. Isso é tudo o que queremos, porque significa que o cliente está utilizando mais o nosso serviço.

Que tipo de serviço cresceu mais com a 5G? O brasileiro é um dos maiores consumidores digitais do mundo. Em média, gasta nove horas por dia na internet. E não só em mídias sociais. Em bancos digitais, delivery etc. A 5G tende a aumentar essas nove horas. O Brasil é sempre top five em uso de redes sociais. O YouTube virou o segundo maior canal de audiência televisiva no país. Há um consumo bastante elevado de streaming, e oferecemos todos eles.

A 5G mudou o comportamento das pessoas em grandes eventos? Hoje em dia todo mundo grava vídeo e posta. Um tema importante com relação aos grandes eventos é a qualidade do serviço. Há muita gente concentrada em eventos como o Rock in Rio, a Fórmula 1 e o Carnaval. A rede 4G fica congestionada. Se você vai a um evento e não consegue postar, não fica feliz como consumidor. Fazemos a experiência valer a pena nas condições mais críticas.

Como a expansão da inteligência artificial impactará a 5G? Há um conjunto de serviços que está crescendo rapidamente e que vai mudar o perfil de consumo digital. Isso tem a ver com a transmissão dos dados de celular para a nuvem, em vez da nuvem para o celular. Se você estiver controlando um drone, por exemplo, é importante que o comando seja imediato. O carro autônomo funciona dentro desse princípio e com essas características. O cliente ainda não foi impactado totalmente, mas vai ser.

Como estão a expansão da tecnologia 5G em áreas remotas e a concorrência com a internet via satélite? A tecnologia via satélite é complementar à rede 5G. Existem espaço e geração de valor para as duas. Nós, por exemplo, já temos uma parceria com a Starlink, fundada por Elon Musk, e com a Intelsat, que administra uma rede mundial de satélites, para nossas torres. O Brasil possui uma grande rede de fibra óptica, mas a vários lugares ela ainda não chegou. Nas regiões em que ela não está presente, o satélite é uma alternativa. Mas ele não tem a cobertura indoor. Uma nova tecnologia permitirá integrar o satélite ao smartphone, mas ela não tem a velocidade nem a latência que nós temos com a 5G. Somos um mercado já maduro.

Publicado em VEJA, dezembro de 2025, edição VEJA Negócios nº 21

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