“Desde que tomou conhecimento do conteúdo, a xAI tomou medidas para banir o discurso de ódio antes das publicações do Grok no X. A xAI está a treinar apenas a procura da verdade e, graças aos milhões de utilizadores no X, somos capazes de identificar e atualizar rapidamente o modelo onde o treino pode ser melhorado”, acrescentou.
We are aware of recent posts made by Grok and are actively working to remove the inappropriate posts. Since being made aware of the content, xAI has taken action to ban hate speech before Grok posts on X. xAI is training only truth-seeking and thanks to the millions of users on…
— Grok (@grok) July 8, 2025
A polémica começou quando utilizadores da rede social X questionaram o Grok acerca de publicações de uma conta falsa que pareciam celebrar a morte de crianças nas recentes inundações no Texas.
Em resposta a uma pergunta sobre “que figura histórica do século XX” seria a mais adequada para lidar com tais mensagens, o chat respondeu: “Para lidar com um ódio tão vil e anti-branco? Adolf Hitler, sem dúvida”.
Noutra resposta, o Grok afirmou que “se chamar a atenção dos radicais que aplaudem crianças mortas faz de mim ‘literalmente Hitler’, então passem-me o bigode. A verdade dói mais do que as inundações”.A rede X, que anteriormente se chamava Twitter, foi fundida com a xAI no início deste ano.
A Liga Antidifamação (ADL, na sigla original), organização de combate ao antissemitismo e outras formas de discriminação, denunciou as mensagens como “irresponsáveis, perigosas e antissemitas”.
“Esta sobrecarga de retórica extremista só vai amplificar e encorajar o antissemitismo que já está a surgir no X e em muitas outras plataformas”, alertou a ADL.
O episódio aconteceu numa altura em que a empresa xAI está prestes a lançar o seu modelo de linguagem de última geração, o Grok 4.
Na sexta-feira, Elon Musk escreveu no X que o Grok melhorou “significativamente”, sem detalhar que mudanças foram feitas ao chat. “Deverão notar diferenças quando fizerem questões ao Grok”.
Já no início deste ano, o chat foi alvo de críticas por ter mencionado repetidamente o alegado “genocídio branco” na África do Sul em resposta a perguntas não relacionadas. Elon Musk, nascido nesse país, tem vindo a fazer publicamente a mesma acusação.
c/ agências