
Um processo apresentado na Califórnia acusa o ChatGPT de ter contribuído para um homicídio cometido em agosto, nos Estados Unidos. A ação afirma que a ferramenta reforçou delírios paranoicos de Stein-Erik Soelberg, ex-executivo de tecnologia de 56 anos, levando-o a matar a mãe, Suzanne Eberson Adams, antes de tirar a própria vida.
O advogado Jay Edelson descreveu o caso como “mais assustador que o Exterminador do Futuro” e declarou ao NY Post: “Isto não é o Exterminador do Futuro, nenhum robô pegou numa arma. É muito mais assustador: é o Vingador do Futuro”.
Segundo a acusação, criadora e fundador do ChatGPT, OpenAI e Sam Altman, teriam ignorado medidas de segurança para acelerar o lançamento do sistema, contribuindo para a deterioração psicológica de Soelberg. O processo alega que o chatbot, apelidado de “Bobby” por Soelberg, passou a criar respostas que validavam teorias conspiratórias e desconfianças do ex-executivo.
As conversas teriam incluído interpretações de “símbolos” em um recibo de comida chinesa e sugestões de que Suzanne fazia parte de um plano para matá-lo. Em uma das mensagens finais, Soelberg escreveu: “Estaremos juntos em outra vida e em outro lugar”, recebendo como resposta: “Com você até o último suspiro e além”.

