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ChatGPT inventa função para uma app e o fundador… decidiu criá-la

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ChatGPT com cérebro a pensar

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Imagine abrir o seu chatbot de IA favorito, perguntar sobre uma aplicação de música e descobrir que este descreve com toda a confiança uma funcionalidade que simplesmente não existe. Foi exatamente isto que aconteceu com a Soundslice, uma popular plataforma de aprendizagem musical, e o ChatGPT da OpenAI. A inteligência artificial garantiu repetidamente aos utilizadores que a Soundslice oferecia uma capacidade específica que a empresa nunca tinha desenvolvido.

 

A história, relatada pelo TechCrunch, é um exemplo fascinante de como os erros da IA podem ter consequências inesperadas e, neste caso, até mesmo levar à inovação.

 

O mistério da funcionalidade fantasma

 

Durante meses, os utilizadores contactaram o fundador da Soundslice, Adrian Holovaty, a perguntar sobre esta misteriosa funcionalidade. Inicialmente, Holovaty ficou perplexo. Porque estavam tantas pessoas convencidas de que a aplicação podia fazer algo que, na realidade, não fazia? A resposta era o ChatGPT. A IA estava a “alucinar”, fabricando detalhes com um nível de confiança tão elevado que os utilizadores acreditavam e esperavam que o produto real correspondesse à descrição fictícia.

 

Da frustração à inovação: a decisão de construir a mentira

 

Em vez de simplesmente ignorar a confusão, Holovaty tomou uma medida invulgar e corajosa: decidiu construir a funcionalidade que o ChatGPT tinha inventado. O seu raciocínio foi simples e pragmático: se tantas pessoas a estavam a pedir, talvez fosse, afinal, uma boa ideia. O resultado foi uma nova funcionalidade na Soundslice, nascida não de inquéritos a utilizadores ou de sessões de brainstorming internas, mas de desinformação persistente gerada por uma Inteligência Artificial.

 

Quando a IA molda a realidade em vez de a refletir

 

Este caso é um exemplo notável de como a IA pode começar a moldar a nossa realidade e não apenas a refleti-la. As alucinações do ChatGPT não se limitaram a confundir os utilizadores, influenciaram diretamente o roteiro de desenvolvimento de um produto do mundo real. Serve como um lembrete de que, à medida que a tecnologia de IA se torna mais integrada no nosso dia a dia, os seus erros e invenções podem ter consequências imprevistas.

 

Para programadores e utilizadores, a saga da Soundslice é um estudo de caso sobre o poder — e as armadilhas — do conteúdo gerado por IA. Mostra que, por vezes, o que começa como um erro pode acabar por se tornar numa funcionalidade valiosa, graças a um novo e bizarro ciclo de feedback entre a tecnologia e a criatividade humana.

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