Segundo a IA, os mentirosos não usam um conjunto universalmente fixo de palavras, mas sim certos padrões linguísticos


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A inteligência artificial pode ser utilizada para diversas funções, seja no cotidiano ou até mesmo no ambiente de trabalho. A ideia é que a ferramenta ajude a simplificar a realização de tarefas consideradas mais chatas ou complexas.
Mas o aperfeiçoamento dos modelos de IA tem permitido ir além. Como a tecnologia é treinada para ser capaz de analisar grandes volumes de informações e padrões, ela está sendo utilizada também para identificar quando as pessoas estão mentindo.
Padrões linguísticos podem ser associados à mentira
Segundo experimento realizado no ChatGPT, as pessoas que mentem “não usam um conjunto universalmente fixo de palavras”. Ao invés disso, se utilizam de certos padrões linguísticos que tendem a ser associados ao engano.

O chatbot explica, porém, que o simples uso destas palavras não prova que alguém está realmente mentindo. Na verdade, elas servem como sinais quando acompanhadas de uma linguagem corporal evasiva, inconsistências ou falta de detalhes.
De qualquer forma, a IA divulgou uma lista com dez expressões que, na avaliação dela, são comuns em discursos mentirosos (você pode conferir todas elas abaixo). Os testes foram feitos pelo portal La Nacion.
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Expressões usadas por mentirosos
- “Honestamente” ou “Estou dizendo a verdade”: servem como uma tentativa de reforçar a credibilidade de uma mentira;
- “Nunca” ou “sempre”: mentirosos tendem a exagerar para serem mais convincentes;
- “Se não me engano”: a ambiguidade é uma rota de fuga caso sejam contrariados;
- “Para ser honesto”: é usado para parecer mais confiável;
- “Eu juro”: reafirmações dramáticas tentam compensar a falta de veracidade;
- “Por que eu mentiria para você?”: mentirosos tendem a transferir o ônus da prova para a outra pessoa;
- “Não me lembro bem”: útil para evitar dar detalhes que possam se contradizer;
- “Isso não faz sentido”: eles desacreditam a lógica um do outro para evitar uma defesa direta;
- “As pessoas dizem”: tentativa de se esconder atrás de fontes vagas para evitar responsabilidade direta;
- “Como eu já disse antes”: usado para fazer você duvidar da sua memória e desviar a conversa.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.