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ChatGPT vai permitir conteúdo adulto a partir de dezembro

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A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, confirmou que vai liberar a criação de conteúdo pornográfico para adultos a partir de dezembro. A mudança marca uma virada importante na política da companhia, que até agora bloqueava qualquer tipo de texto, imagem ou interação de teor sexual.

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Segundo o CEO Sam Altman, a ideia é simples: tratar adultos como adultos. A novidade virá acompanhada de um sistema de verificação de idade mais rigoroso, garantindo que apenas maiores de 18 anos possam acessar ou criar esse tipo de conteúdo.

Até hoje, o ChatGPT bloqueava automaticamente pedidos com conotação sexual, o que gerava reclamações de usuários e artistas que queriam explorar narrativas mais sensuais sem necessariamente cair em pornografia explícita.

O que vai mudar

A partir de dezembro, quem comprovar ser maior de idade vai poder pedir ou gerar textos e imagens com temas eróticos. O acesso não será liberado por padrão, ou seja, o usuário vai precisar confirmar que quer ativar esse tipo de conteúdo.

A OpenAI afirma que isso faz parte de uma estratégia para diversificar o uso do ChatGPT e também para aproveitar um mercado que, historicamente, sempre movimentou muito dinheiro na internet. A empresa vê espaço para criadores de conteúdo adulto, roteiristas, artistas e profissionais que queiram explorar erotismo de forma segura e personalizada.

Por que agora?

O movimento vem num momento em que as big techs estão tentando monetizar melhor suas inteligências artificiais. O setor de conteúdo adulto é gigantesco, e a OpenAI parece disposta a ocupar esse espaço, mas com regras próprias.

Segundo dados da Semrush, em setembro, o site chat.openai.com (ChatGPT) passou o Pornhub e agora ocupa a décima posição entre os sites mais acessados do Brasil.

Ou seja, a ferramenta de IA já tem mais tráfego que o segundo maior portal de pornografia do país, o primeiro é o xvideos. Isso mostra o tamanho da base de usuários e o quanto a OpenAI tem espaço para expandir sua atuação, inclusive em áreas mais sensíveis, como o conteúdo adulto.

Outro fato importante é que a indústria pornô sempre foi uma das mais rentáveis da internet, e a OpenAI parece disposta a disputar uma fatia desse mercado. A empresa, no entanto, promete manter controles rígidos para evitar exploração, deepfakes e o acesso de menores.

Ainda segundo o porta-voz da empresa, a empresa também quer deixar claro que não se trata de liberar tudo: haverá filtros contra material ilegal, exploração e qualquer tipo de conteúdo envolvendo menores. O objetivo é permitir erotismo consensual, voltado a adultos e sob controle do próprio usuário.

Tamanho da indústria pornô no Brasil 

Vale destacar o peso que o conteúdo adulto já tem no tráfego da internet no Brasil. O site XVideos aparece como o 5º mais acessado do país, com cerca de 403,5 milhões de visitas mensais em setembro de 2025. Já o Pornhub figura na 11ª posição, com aproximadamente 231,45 milhões de visitas no mesmo mês. 

Esses números mostram que os sites porno representam uma fatia expressiva da navegação online no Brasil e ajudam a entender porque plataformas de IA como ChatGPT veem potencial em explorar esse mercado.

Mesmo com essa liberação, muita gente está em dúvida sobre como a OpenAI vai garantir que menores não burlem o sistema. Especialistas também alertam para possíveis impactos psicológicos e sociais do uso de IA para criar experiências sexuais personalizadas.Outros críticos questionam até onde vai o limite entre o “erótico” e o “explícito” e como a empresa vai lidar com casos de abuso ou deepfakes.

O que muda pra você

Se você for maior de 18 anos e quiser explorar esse lado do ChatGPT, vai precisar passar pela verificação de idade e ativar o modo adulto. O conteúdo só aparece se você pedir, o padrão continua sendo o ChatGPT “normal”, sem temas sexuais.

Pra quem é menor de idade, nada muda: os filtros continuam bloqueando qualquer tipo de material erótico.

A decisão da OpenAI é um divisor de águas. Pela primeira vez, uma grande empresa de IA assume que o erotismo faz parte da experiência humana e que adultos podem lidar com isso de forma consciente. Ainda assim, a mudança levanta discussões sobre ética, segurança e o futuro das relações entre humanos e máquinas. 

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