China busca novas formas de treinar IA

Empresas de tecnologia chinesas estão se unindo para desenvolver formas mais eficientes e baratas de treinar inteligência artificial. O objetivo é superar os desafios impostos pelas sanções dos Estados Unidos, que impedem a aquisição de chips semicondutores modernos e outros produtos ligados ao setor.

Atualmente, a China dispõe de semicondutores com poder de computação menor em comparação com aqueles produzidos por líderes globais como a Nvidia, e que estão proibidos de entrar em Pequim.

No entanto, o esforço chinês pode mudar o equilíbrio atual de poder. Uma startup apoiada pelo Grupo Alibaba e pela Xiaomi, por exemplo, emprega um formato de treinamento de baixa precisão que reduz a energia e o tempo necessários para treinar modelos de aprendizado de máquina.

Na busca pela adesão do consumidor, algumas empresas chinesas procuram desenvolver aplicativos especializados em vez de se concentrar na criação dos maiores e melhores modelos, dizem analistas. Um relatório recente da KPMG disse que os investidores de IA na China no segundo trimestre “se concentraram na capacitação de IA em vez de em ofertas demodelos de linguagem grande (LLMs)”, inclusive em áreas como robótica e melhoria da eficiência no local de trabalho.

Empresas chinesas participam dos esforços em busca de soluções para treinar IA (Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock)

Ainda assim, a grande questão agora é qual dessas empresas será capaz de produzir resultados e comercializar com sucesso suas ofertas. A ByteDance, controladora do TikTok, já lançou mais de 20 aplicativos, incluindo um chatbot, um tutor de inglês e um criador de vídeo alimentado por seus modelos internos.

Alguns especialistas do setor esperam que novos modelos de tamanho menor e que possam alimentar recursos de IA em smartphones e laptops sejam o próximo divisor de águas. É por isso que a China está de olho nisso. As informações são do The Wall Street Journal.

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EUA querem impedir acesso da China aos chips semicondutores (Imagem: Shutterstock) (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.



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