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Cientistas criam modelo de IA para prever doenças – 18/09/2025 – Equilíbrio e Saúde

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Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (17) a criação do Delphi-2M, um modelo de inteligência artificial capaz de prever a prevalência de mais de mil doenças com anos de antecedência a partir do histórico do paciente, de acordo com estudo publicado na revista Nature.

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Os cientistas, de instituições de Reino Unido, Dinamarca, Alemanha e Suíça, recorreram aos antecedentes médicos de cerca de meio milhão de pacientes do banco de dados biomédico UK Biobank para construir o modelo de IA.

Para processar todos esses dados, utilizaram uma tecnologia semelhante à do ChatGPT, um modelo de linguagem baseado inicialmente em conteúdo textual. Compreender uma sequência de diagnósticos médicos equivale a “aprender a gramática de um texto”, explica Moritz Gerstung, especialista em IA do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer.

Graças ao seu treinamento, Delphi-2M “aprende a detectar padrões nos dados de saúde antes dos diagnósticos, e em quais combinações e sucessões eles ocorrem”, afirma Gertung, o que permite “previsões muito significativas e relevantes para a saúde”.

O especialista apresentou diagramas que sugerem que a IA poderia identificar pessoas com um risco maior ou menor de sofrer um ataque cardíaco do que fatores como idade ou outros dados poderiam prever.

No futuro, modelos como este poderiam ajudar a “orientar o monitoramento e, possivelmente, levar a intervenções clínicas mais precoces” na medida preventiva, afirma Gerstung.

As equipes de pesquisa indicaram, no entanto, que este modelo de IA precisa passar por mais testes e que ainda não está pronto para uso. Em maior escala, essas ferramentas poderiam ajudar a “otimizar os recursos em um sistema de saúde sob pressão”, diz Tom Fitzgerald, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e coautor do estudo.

Muitos países já utilizam dispositivos informáticos para prever o risco de doenças, como o programa QRISK3, que médicos britânicos usam para avaliar o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um AVC (acidente vascular cerebral). Mas o Delphi-2M “pode lidar com todas as doenças ao mesmo tempo e por um longo período”, indica outro autor do texto, Ewan Birney.

Para Gustavo Sudre, professor no King’s College de Londres especializado em IA médica, este avanço “parece ser um passo significativo em direção a uma forma de modelagem preditiva na medicina que seja escalável, interpretável e, o mais importante, eticamente responsável”.

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