O Ministério das Comunicações anunciou nesta terça, 24/9, um novo plano para que pequenos provedores possam alcançar financiamentos com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, FUST.
Com uma alavanca via Banco Interamericano de Desenvolvimento e a ampliação da rede de agentes financeiros para além do BNDES, o programa Acessa Crédito Telecom vai direcionar parte do fundo exclusivamente para prestadores de pequeno porte com projetos em cidades com menos de 30 mil habitantes.
“O único caminho que se tinha era através do BNDES. Mas pequenas e médias empresas, que não são tão estruturadas do ponto de vista econômico como os grandes provedores, sempre apontam para a dificuldade de ter o acesso aos recursos, por conta do grau de exigências. Com essa parceria com o BID, através desse empréstimo, hoje podemos fazer essa abertura”, afirmou o ministro Juscelino Filho.
O BID criou uma linha de US$ 100 milhões (cerca de R$ 550 milhões) e é com esse dinheiro, que passa a ficar sob o guarda-chuva do FUST, que serão viabilizados os empréstimos direcionados às PPPs em pequenas cidades. Parte desse dinheiro, US$ 3 milhões, serão usados em outras partes do projeto, especialmente na criação de um sistema de coleta e distribuição de informações sobre os PPPs para melhor apresentar o perfil das empresas ao mercado financeiro.
“O acesso ao crédito é crucial para os pequenos provedores da internet, que hoje respondem por mais de 90% do mercado em municípios com menos de 30 mil habitantes. Eles são os atores que estão realmente universalizando o acesso de banda larga. E este é um passo importante para garantir que o financiamento chegue em condições favoráveis a esses empreendedores”, emendou o especialista líder em conectividade do BID, Luis Guillermo Alarcon Lopez.
Como explicou o secretário de telecomunicações, Hermano Tercius, o Conselho Gestor do FUST está aberto para adesões das instituições financeiras interessadas em desenvolver linhas de crédito nas condições indicadas pelo governo – PPPs em cidades pequenas. “Nossa expectativa é que isso esteja rodando a partir de 2025, mas aquelas instituições que já quiserem começar, podem fazê-lo imediatamente”, disse.