IA e sistemas autônomos estão ganhando cada vez mais importância como fórmulas para modernização dos exércitos Cada vez mais, empresas comerciais estão de olho nos orçamentos de defesa
Tanto o GPS quanto a ARPANET, o embrião do que mais tarde se tornaria a Internet, nasceram no Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Do radar, desenvolvido na década de 1930 e aperfeiçoado durante a Segunda Guerra Mundial, surgiram avanços como o sistema de controle de tráfego aéreo e o micro-ondas.
Houve um tempo em que a tecnologia militar era fonte de invenções para a esfera civil. Com a IA, os avanços tecnológicos começam a ocorrer na direção oposta: da área civil para a militar. São empresas que todos conhecemos – Google, OpenAI ou Anthropic – que estão desenvolvendo os modelos mais sofisticados do mundo, e as agências de defesa aguardam ansiosamente por eles.
Para a União Europeia, essa tendência coincide com uma grave crise na área da defesa. A guerra na Ucrânia abalou os alicerces da vida política em Bruxelas, ao mesmo tempo que apresentou a Rússia como uma ameaça crescente. Soma-se a isso a disposição do governo Trump em restringir ajuda militar aos países europeus. Um terreno fértil que impulsionou a necessidade de rearmar.
Em março, a Comissão Europeia anunciou a iniciativa ReArm Europe ou Readiness 2030. O objetivo é aumentar significativamente as capacidades de defesa da UE. Trata-se de um plano que visa mobilizar cerca de 800 bilhões de euros, incluindo 150 bilhões em empréstimos para investimentos militares. Espera-se que os governos estaduais pressionem pela modernização de seus exércitos, mas também se busca a mobilização de capital privado.
O aumento nos…
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