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Como a Inteligência Artificial afetará o futuro das empresas de Blumenau e de outras regiões do Brasil

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Em meio a um cenário de constante transformação tecnológica, empresas e profissionais buscam cada vez mais entender e utilizar a inteligência artificial. Independentemente da área de atuação, a IA encontra um propósito e acende um alerta sobre boas práticas e impulsionamento para a inovação. Em Blumenau, por exemplo, diversos setores já utilizam essa tecnologia, e o assunto é fonte de debates e constantes treinamentos.
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Com esse olhar voltado à inovação, iniciativas ganham força, como as ações da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), por meio do Núcleo de Gestores em TIC, que organizou o IA Summit no último ano, ou até mesmo o vindouro Conexão WK 2025, evento que acontece nos dias 3 e 4 de julho.

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Nicolas Gonçalves, executivo da Odisseia AI, especialista no desenvolvimento de inteligência artificial, tem palestra confirmada no Conexão WK. Ele falará sobre as inovações dos assistentes inteligentes e como eles são aplicados à área de vendas com a própria IA.

Assim, a palestra do especialista traz a proposta inédita de uma coapresentação com a inteligência artificial. Juntos, eles conduzirão o conteúdo que aborda atendimento, vendas e estratégia de negócios. A fala de Nicolas será complementada pelas ações da IA, que apresentará gráficos, imagens e dados em sincronia com cada tema abordado, pontuando insights e transições, como faria um colega humano.

“Muitos líderes ainda limitam o conceito de IA aos antigos chatbots de triagem. Os assistentes inteligentes já avançaram muito além: eliminam tarefas operacionais, integram informações dispersas e entregam análises estratégicas em tempo real. De agora em diante, humanos e máquinas dividirão não apenas o palco, mas também o dia a dia das empresas, trabalhando lado a lado”, afirma Nicolas, que palestrará no dia 3 de julho, às 14h30.

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Nicolas Gonçalves, executivo da Odisseia AI | Foto: Divulgação

Fundada em Blumenau em 2024, a Odisseia cria agentes inteligentes que desempenham diversas funções ao longo do funil de relacionamento com o cliente, por texto ou por voz. Seja para pré-qualificar vendas, responder dúvidas frequentes, agendar visitas ou preencher automaticamente sistemas de CRM, a empresa afirma que os assistentes atuam de forma fluida, contextualizada e humana.

Para o CEO da Odisseia e sócio de Nicolas, Felipe Bittencourt, a maioria das empresas ainda utiliza a inteligência artificial principalmente por meio do ChatGPT, tratando-a como uma ferramenta de suporte rápido para responder dúvidas ou realizar consultas pontuais.

“Esse uso já gera um ganho significativo de eficiência individual. Entretanto, as grandes oportunidades estão na automação completa de processos, por meio da coordenação entre múltiplos agentes de inteligência artificial, permitindo até mesmo a automatização de departamentos inteiros”, aponta.

Inteligência Artificial na prática

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Inventti/Divulgação

A Inventti, empresa de tecnologia de Blumenau especializada em documentos fiscais eletrônicos, lançou neste mês um novo vídeo institucional com uma proposta ousada: utilizar exclusivamente inteligência artificial em todas as etapas de produção — do roteiro à geração de imagens, narração, trilha sonora e edição.

O objetivo foi criar um material audiovisual impactante e, acima de tudo, nascido da convergência entre a criatividade humana e as ferramentas de IA generativa. A iniciativa partiu do departamento de marketing da empresa, liderado pelo gestor André Munhoz Moreira.

“O que nos motivou foi a curiosidade e a necessidade de explorar, na prática, como as ferramentas de IA podem contribuir na comunicação corporativa. Queríamos experimentar diferentes soluções, testar nossas próprias habilidades criativas e entender até onde a inteligência artificial pode nos levar em um projeto real. Além disso, buscamos produzir um material de qualidade com agilidade e baixo investimento, mostrando que é possível unir criatividade e eficiência com o suporte da IA”, explica André.

Assista ao vídeo:

A proposta inicial era desenvolver um vídeo institucional completo utilizando apenas ferramentas baseadas em IA, explorando não apenas as tendências mais recentes da tecnologia, mas também colocando à prova a capacidade de adaptação e experimentação da equipe.

“Foi um processo de aprendizado intenso. Todas as etapas foram conduzidas internamente, com um time enxuto, e utilizamos diversas ferramentas de IA generativa para criar imagens, locução, trilha sonora e muito mais. O resultado foi muito positivo: conseguimos entregar um vídeo institucional completo, moderno e alinhado ao momento atual da Inventti, com um custo significativamente menor do que o de uma produção tradicional. O mais importante é que, mesmo com o uso da IA, mantivemos o olhar crítico e a direção criativa das pessoas envolvidas”, explica.

Apesar do uso da tecnologia no vídeo, a inteligência artificial faz parte do dia a dia do marketing da empresa desde 2023, quando iniciaram o teste de algumas ferramentas, seja na criação de conteúdos mais densos ou na otimização de pequenas tarefas.

“Também estamos atentos ao potencial da IA em outras áreas da empresa, seja para análise de dados ou otimização de processos, por exemplo. Hoje, a IA está integrada ao nosso fluxo de trabalho e contribui para aumentar a produtividade e apoiar decisões mais rápidas. Além da Inventti, a IA já é uma realidade presente no marketing das demais empresas do grupo, como Myrp e Omware. Estamos atentos às novas ferramentas que surgem e sempre avaliamos como podemos aproveitá-las para tornar nosso trabalho mais ágil, produtivo e criativo”, detalha.

Os impactos da IA na rotina das empresas de Blumenau e de outras regiões do Brasil

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WK/Divulgação

Conforme o estudo “Transformação Digital nos Pequenos Negócios 2025”, realizado pelo Sebrae, 44% dos empreendedores afirmam que já fizeram uso de algum tipo de IA. Mas, quando indagados sobre a adoção de plataformas específicas, esse percentual cresce significativamente.

O levantamento mostra que 8 em cada 10 já usaram GPS, 77% dizem que já tiveram alguma experiência com programas de reconhecimento facial, 56% já utilizaram assistentes virtuais e 52% disseram usar aplicativos que melhoram a qualidade de imagens. Essas ferramentas, muitas vezes integradas a aplicativos de uso diário, demonstram a capilaridade da IA em funções básicas e essenciais para a operação dos negócios.

O Sebrae identificou ainda o uso de outros recursos, como Chat GPT, Deep Seek, Copilot, Gemini e outros de textos generativos (51%); ferramentas digitais de geração de imagem (44%); chatbots com robôs no Whatsapp (41%); chatbots de vendas (30%); dispositivos inteligentes que controlam luz, temperatura e outros aspectos da empresa (22%); eletrodomésticos inteligentes (21%); e bate-papo com robôs que tiram dúvidas financeiras (20%).

Felipe Bittencourt acredita que, a curto prazo, o maior impacto da IA em empresas locais e no Brasil será percebido na automação de processos críticos — por exemplo, em áreas comerciais e de atendimento ao cliente.

“Empresas com grandes equipes nessas áreas poderão obter vantagens significativas em escalabilidade e redução de custos operacionais. Quem implementar essas soluções rapidamente reduzirá despesas operacionais e expandirá sua participação no mercado de forma mais acelerada”, diz.

André complementa que os impactos mais visíveis estão na otimização do tempo e no ganho de produtividade. Além disso, a diminuição de custos, segundo ele, é inegável.

“A IA tem ajudado empresas a acelerar atividades operacionais que antes demandavam muito esforço manual. No marketing, por exemplo, vemos o uso crescente da IA na geração de conteúdo, edição de imagens, criação de campanhas e muito mais. Até mesmo empresas locais, de menor porte, já conseguem acessar ferramentas acessíveis que entregam bons resultados. Já percebemos empresas da região utilizando IA no atendimento, na criação de campanhas e até no desenvolvimento de produtos. É uma mudança que não tem mais volta”, continua.

Ao avaliar o futuro das empresas de Blumenau e de outras regiões do Brasil, André acredita que a tecnologia “nivelará o jogo”. Portanto, deverá permitir que empresas de diferentes portes e regiões tenham acesso a soluções tecnológicas que antes pareciam restritas a grandes corporações.

“Na minha opinião, o futuro mais promissor será das empresas que souberem adaptar rapidamente seus processos e capacitar suas equipes para trabalhar lado a lado com a IA. Quem começar a experimentar agora estará mais preparado para colher os benefícios no curto e médio prazo. É um caminho sem volta — esperar pode custar caro lá na frente”, acredita.

Desafio da Inteligência Artificial para lideranças empresariais

Nesse sentido, especialistas refletem sobre o que as lideranças empresariais podem fazer para se preparar para integrar a IA de forma ética e eficiente, mantendo a competitividade sem perder o fator humano nas relações de trabalho.

“É inevitável que muitas funções relacionadas ao atendimento comercial sejam substituídas por assistentes inteligentes. Nesse contexto, as lideranças empresariais precisam antecipar esse cenário e planejar cuidadosamente a realocação e capacitação dos profissionais envolvidos. Investir no desenvolvimento das competências socioemocionais dos colaboradores é essencial para que se sintam preparados e valorizados nesse ambiente tecnológico”, comenta Felipe.

Além disso, o CEO da Odisseia reflete que é fundamental manter uma comunicação transparente com os funcionários sobre como a IA será implementada, seus limites e o novo papel das pessoas — o que pode reduzir inseguranças e resistências internas. “Preservar pontos de contato humano, principalmente em situações delicadas ou complexas com clientes, garantirá a manutenção da empatia e da confiança”, pontua.

“Implementar políticas claras sobre ética e governança dos dados utilizados pela IA é crucial para garantir privacidade, transparência e respeito às pessoas. Por fim, considerar programas de apoio psicológico e treinamento especializado na gestão emocional das equipes ajudará a enfrentar a ansiedade e o estresse gerados pelas mudanças tecnológicas, mantendo um ambiente saudável e produtivo”, completa.

Para André, o primeiro passo é a busca constante por conhecimento. “A melhor ferramenta de agora pode ficar obsoleta de um dia para o outro”, inicia. “Estamos vivendo uma corrida tecnológica. As lideranças precisam entender o que cada IA pode e o que não pode fazer, além de criar um ambiente aberto para a experimentação. Se a empresa for ética, os processos de implementação da IA também serão. É um caminho natural — isso é questão de cultura, não de tecnologia”, conta.

Assim, segundo ele, o grande diferencial continuará sendo humano: criatividade, pensamento crítico e capacidade de adaptação. “A IA é uma ferramenta poderosa, mas o equilíbrio entre tecnologia e pessoas é o que vai garantir resultados de longo prazo”, finaliza.

Conexão WK 2025 e a inovação

Inteligência Artificial
WK/Divulgação

A apresentação da Odisseia AI faz parte de uma extensa grade de conteúdo organizada pela WK e voltada para lideranças de empresas de diversos setores.

“Acreditamos que construir conhecimento coletivo é tão estratégico quanto investir em inovação. Mas esse investimento só faz sentido quando conseguimos demonstrar, na prática, o alcance da inteligência artificial na gestão dos negócios. Por isso, encontros como este são tão valiosos. Nosso compromisso vai além da inovação: buscamos também disseminar informação de qualidade, para que mais empresas possam potencializar seus resultados com o apoio da tecnologia. E o trabalho do Nicolas nessa área, especialmente por sua trajetória profissional na WK, é motivo de muito orgulho para nós”, afirma Márcio Tomelin, diretor de Produto e Mercado da WK.

Na edição de 2024, o Conexão WK reuniu mais de 700 participantes de diferentes regiões do país , mais da metade deles ocupando posições de liderança e tomada de decisão em suas empresas. A programação deste ano mantém a proposta de oferecer conteúdo relevante e diversidade de perspectivas, com mais de 50 palestras e painéis distribuídos em três palcos simultâneos.

Metamodernidade, IA e a neurociência

Inteligência Artificial
Neurocientista Álvaro Machado Dias | Divulgação

O neurocientista Álvaro Machado Dias é pesquisador da Unifesp e voz ativa nas discussões sobre futuro e metamodernidade, uma nova era marcada pelo uso massivo e necessário de algoritmos como forma de lidar com a explosão de informações no mundo contemporâneo. Ele é um dos palestrantes do Conexão WK 2025 e também falará sobre IA no evento.

Álvaro tem se dedicado a analisar como a inteligência artificial e os algoritmos estão atravessando todas as esferas da vida — da política à economia, da cultura às relações humanas. No Conexão WK, ele vai conduzir uma reflexão provocativa sobre como navegar nesse mundo onde tecnologia e subjetividade estão profundamente entrelaçadas.

O pesquisador afirma que a confiança será o novo critério de inteligência nos negócios no que chama de era da metamodernidade. “Os algoritmos são usados de maneira extensiva porque a quantidade de informação explodiu. Se você não tiver um meio de tratá-la, você simplesmente não consegue se deslocar nesse ambiente”, conta.

Dias defende que estamos vivendo uma transição histórica semelhante à que separou a modernidade da pós-modernidade. “Temos uma tendência quase intrínseca a dividir o tempo em eras. É assim que a memória humana organiza o mundo”, explica.

Para ele, a metamodernidade é o nome mais preciso para definir o nosso tempo, um período em que as tecnologias digitais, especialmente a inteligência artificial, se tornaram centrais não por conveniência, mas por sobrevivência informacional.

Esse cenário, segundo ele, antecede o surgimento da IA generativa, como ChatGPT e similares, mas ganha uma nova camada de complexidade com essas ferramentas. “A partir do momento em que a IA generativa ganha escala, ela passa a ser o anteparo entre o ser humano e o mundo. É nesse mundo mediado por relações sintéticas que estão os grandes desafios, e também as grandes oportunidades, das próximas décadas”, finaliza.

Oportunidades, riscos e o papel da confiança

Na visão do neurocientista, a metamodernidade abre espaço para um novo tipo de relação entre humanos e máquinas, com impacto direto nas empresas, governos e na cultura. Então, ele afirma que os avanços em inteligência artificial geram não apenas novas possibilidades de valor, escala e conexão com o cliente, mas também inauguram um terreno sensível onde qualquer erro pode comprometer a credibilidade de uma marca.

“Um dos grandes riscos é externalizar uma inteligência artificial que alucine e, consequentemente, gere um dano à sua credibilidade. Justamente por isso, a credibilidade vai ser mais importante do que nunca”, afirma.

Para ele, oportunidades e riscos coexistem e, mais do que isso, caminham em simbiose. Ou seja, à medida que a IA se torna mais presente e acessível, aumenta também o custo reputacional de seu uso mal planejado. “Daqui a pouco, todo mundo tem IA, todo mundo lança um produto por semana. O diferencial não estará mais na inovação, mas na confiança gerada pela forma como se usa essa tecnologia”, diz.

Nesse contexto, surgem o que Dias chama de negócios inteligentes: não aqueles que apenas adotam IA de forma acelerada, mas os que conseguem manter alta utilidade esperada ao longo do tempo, seja em valor financeiro, seja na percepção pública. Portanto, para ele, empresas éticas, cautelosas com os dados dos clientes e comprometidas com a transparência serão as que mais se destacarão.

“Vai se destacar quem cuida para que os algoritmos alucinem menos, quem nunca sofreu escândalo reputacional, quem respeita a informação do cliente. Isso será mais importante do que lançar um produto por semana, porque isso já será a regra”, finaliza.

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Outros temas no Conexão WK 2025

Inteligência Artificial
WK/Divulgação

A transformação digital no setor financeiro também ganha espaço na programação, representada por Marcos Cavagnoli, diretor de Produtos Digitais no Bradesco, que trará a sua perspectiva sobre como a tecnologia impacta negócios em setores altamente regulados, como o financeiro.

Na pauta econômica, o evento abre espaço para uma análise direta dos impactos da Reforma Tributária. Daniel Loria, sócio fundador do Loria Advogados e ex-diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, trará ao público uma leitura sobre as mudanças que estão por vir, com foco nos impactos diretos para o setor de serviços e para a gestão fiscal das empresas. Loria participou ativamente da elaboração do projeto da reforma e conhece de perto seus desafios e oportunidades.

Se a tecnologia redefine mercados, ela também impõe novos desafios às marcas. É sobre isso que o estrategista de branding D.J. Castro, fundador da Nexia Branding, se debruça em sua palestra “O futuro das marcas: o que está em jogo?”. Especialista em posicionamento e construção de valor, ele traz uma reflexão sobre como empresas podem se manter relevantes em meio às rápidas mudanças culturais, comportamentais e tecnológicas.

A lógica da comunicação e da influência também será representada no evento. Camila Renaux, três vezes escolhida como a melhor profissional de marketing digital no país, traz sua leitura sobre como as empresas podem repensar estratégias em um ecossistema digital em constante ebulição.


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