enhas tradicionais serão eliminadas até 2030 no setor financeiro
De acordo com o presidente da Mastercard Brasil, a tendência é que o setor financeiro elimine gradualmente o uso de senhas, substituindo-as por métodos mais avançados de autenticação biométrica. O executivo ressaltou a importância de equilibrar segurança e conveniência, destacando que soluções eficazes devem priorizar uma experiência fluida para o usuário. A empresa tem investido em novas tecnologias para transformar a forma como os consumidores realizam pagamentos como, por exemplo, com o lançamento do “click to pay”, um sistema que agiliza o checkout online de forma mais segura. A companhia planeja adotar exclusivamente a autenticação biométrica, incluindo reconhecimento facial, comportamental e digital, eliminando de vez a necessidade de senhas.
Microsoft descarta passwords e investe em ‘passkeys’
A Microsoft está substituindo as senhas tradicionais por “passkeys” (códigos de acesso) e métodos biométricos. A mudança tem como objetivo reduzir vulnerabilidades associadas a senhas fracas, reutilizadas ou expostas em vazamentos, tornando o acesso às contas mais seguro e prático. Com tecnologias como reconhecimento facial, impressão digital e notificações de autenticação em tempo real, a empresa busca eliminar riscos como ataques de phishing e força bruta. Além da segurança reforçada, os novos métodos oferecem mais conveniência aos usuários, eliminando a necessidade de lembrar ou armazenar senhas. Essa transição reflete uma tendência que está crescendo entre as grandes empresas de tecnologia, que buscam fortalecer a proteção contra fraudes e tornar a navegação digital mais eficiente e confiável.
Biometria como aliada na proteção contra crimes
O uso da biometria facial tem se mostrado uma ferramenta poderosa na segurança pública, contribuindo para investigações criminais, controle de fronteiras e localização de pessoas desaparecidas. No setor de seguros, essa tecnologia pode ser uma aliada no combate a fraudes e na validação de identidades, trazendo mais precisão e agilidade aos processos. Um caso recente exemplifica essa aplicação: uma seguradora recusou o pagamento de uma apólice milionária devido a suspeitas de fraude e solicitou até a exumação do corpo para verificar a autenticidade do sinistro. Se tecnologias biométricas fossem amplamente utilizadas, a identificação das partes envolvidas poderia ser mais ágil e precisa, reduzindo incertezas em casos complexos. No entanto, a implementação do reconhecimento facial exige cautela. Riscos como falhas na identificação, questões de privacidade e possíveis vieses algorítmicos precisam ser considerados.
Reconhecimento facial entra no radar dos cibercriminosos
A substituição das senhas por autenticação biométrica promete maior segurança, mas não está isenta de desafios, nem imune a ataques. Hackers podem explorar falhas nos sistemas ou tentar roubar dados biométricos para enganar os mecanismos de autenticação. Um caso deste tipo ocorreu recentemente nos Estados Unidos, onde criminosos da dark web burlaram sistemas de autenticação por reconhecimento facial, levantando preocupações sobre a segurança dos dados biométricos. Uma das ameaças emergentes é o “Face ID Farming”, prática em que hackers capturam ilegalmente imagens faciais para criar bases de dados fraudulentas. Esses pacotes de identidade, compostos por documentos legítimos e informações biométricas, tornam as fraudes mais sofisticadas e difíceis de detectar, aumentando os riscos de roubo de identidade e crimes financeiros. Além disso, alguns indivíduos, em troca de benefícios financeiros, têm fornecido voluntariamente seus dados biométricos, agravando o problema. Considerando esse panorama, especialistas alertam para a necessidade de reforçar as medidas de segurança e desenvolver soluções capazes de proteger informações sensíveis, garantindo que a transição para autenticações sem senha não traga novas vulnerabilidades.
A transição para um mundo sem senhas exige sólidos investimentos em tecnologia
A substituição das senhas por tecnologias mais seguras, como reconhecimento facial, impressão digital e inteligência artificial para análise comportamental, exige grandes investimentos. Em contrapartida, muitas seguradoras ainda não estão totalmente preparadas para essa transformação digital. O alto custo dessas soluções, aliado à complexidade da integração com sistemas já existentes, pode representar um desafio especialmente para empresas menores do setor. O futuro aponta para um mundo sem senhas, onde a biometria assumirá protagonismo na autenticação digital. Todavia, a tecnologia não está necessariamente imune a erros e a ação de cibercriminosos, fato que ressalta atenção para que as seguradoras busquem mitigar possíveis falhas e favorecer ataques de hackers. Para o setor de seguros, essa transição pode ser uma grande oportunidade para inovar e fortalecer a segurança dos seus serviços, garantindo mais confiança e proteção para os clientes.