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como surgiu o Ethereum, a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo?

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Se o Bitcoin abriu caminho como pioneiro das criptomoedas, o Ethereum se consolidou como um dos projetos mais inovadores do universo cripto. Lançado em 2015, o Ethereum se destacou por uma proposta ambiciosa: criar uma plataforma que permitisse não apenas a transferência de valores, mas também a execução de contratos inteligentes  (acordos digitais autoexecutáveis) e o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (as chamadas dApps). 

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 A ideia foi bem sucedida ao ponto de, hoje, a moeda nativa da rede, o Ether (ETH), ser a segunda mais valiosa do mundo em valor de mercado.

 O Ethereum foi idealizado por Vitalik Buterin, um jovem programador russo-canadense que, aos 19 anos, já havia ganhado destaque como cofundador da revista Bitcoin Magazine. Insatisfeito com as limitações da rede Bitcoin, Buterin propôs a criação de um novo sistema que fosse mais flexível e programável. Em 2013, portanto, ele escreveu o white paper do Ethereum, descrevendo uma plataforma capaz de abrigar contratos inteligentes e projetos descentralizados, sem depender de instituições intermediárias.

 A proposta chamou atenção rapidamente. Nesse sentido, em 2014, uma campanha de financiamento coletivo (ICO) arrecadou mais de 18 milhões de dólares, marcando o início da construção da rede. Em 30 de julho de 2015, o Ethereum foi oficialmente lançado, com oito cofundadores.

 Muito além de uma moeda

 O grande diferencial do Ethereum está em sua funcionalidade. Enquanto o Bitcoin é voltado principalmente para a transferência de valores, o Ethereum permite que desenvolvedores criem aplicativos descentralizados em sua rede. Isso inclui sistemas financeiros (como as finanças descentralizadas – DeFi), jogos baseados em blockchain, marketplaces de NFTs e até ferramentas de governança digital.

 A infraestrutura do Ethereum é construída com base no conceito de “máquina virtual”, capaz de executar códigos de forma descentralizada. Isso significa que qualquer contrato programado na rede pode ser acionado automaticamente quando certas condições são cumpridas – sem necessidade de terceiros para garantir o cumprimento do acordo.

 Com o crescimento da rede, o Ethereum passou por problemas de escalabilidade e consumo energético. Com o intuito de contornar isso, a plataforma passou por uma transição importante: em 2022, migrou do modelo de validação Proof of Work (como o Bitcoin) para o Proof of Stake, com a atualização conhecida como The Merge. Assim, essa mudança reduziu drasticamente o consumo de energia da rede e abriu caminho para novas melhorias de desempenho.

 Apesar da concorrência de outras redes blockchain, o Ethereum mantém sua liderança como principal plataforma de contratos inteligentes. Nessa perspectiva, seu mercado movimenta bilhões de dólares e atrai desenvolvedores e investidores interessados nas infinitas possibilidades da Web3.

 O sucesso do Ethereum vai além do valor do Ether e está diretamente ligado à robustez e à versatilidade de sua rede. Com a descentralização ganhando cada vez mais relevância nas soluções digitais, o Ethereum se consolida como peça-chave da nova arquitetura da internet. Sendo assim, a trajetória iniciada por um adolescente visionário se transformou em um dos pilares mais sólidos da revolução cripto e ainda tem muito a evoluir. 

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