O avanço das plataformas de inteligência artificial é imparável, e está revolucionando a criação de conteúdo digital com ferramentas cada vez mais refinadas e precisas nos resultados entregues
O ChatGPT da OpenAI surpreende ao implementar recursos que transformam fotografias pessoais em estilos artísticos consagrados. O caso mais recente – e controverso – veio com as imagens no estilo Studio Ghibli, algo que deixou Hayao Miyazaki extremamente irritado.
Agora, muito provavelmente Matt Groening deve ter o mesmo sentimento ao constatar que o ChatGPT agora pode transformar fotos no estilo dos Simpsons. Ou não vai dar bola para isso, e vai até agradecer por promoverem a série de forma gratuita na internet
Novas dimensões artísticas no ChatGPT
A versão atualizada da plataforma introduz o que muitos estão chamando de “modo Simpsons”, permitindo aos usuários converter imagens para o traço característico da célebre animação de Matt Groening.
O lançamento complementa o já popular “modo Ghibli”, que recria fotografias na estética singular do aclamado estúdio japonês, de alguma forma. Não são versões oficiais ou que contam com a autorização dos respectivos detentores dos direitos da obra, mas… está funcionando. Logo, vamos usar.
Os dois modos empregam algoritmos sofisticados para capturar as nuances artísticas dessas produções culturalmente significativas, oferecendo experiências visuais personalizadas. E muitos obviamente estão usando e abusando da funcionalidade.
Como utilizar o ‘modo Simpsons’ no ChatGPT
Para aproveitar o “modo Simpsons”, siga os passos abaixo:
- Acesso ao ChatGPT: Certifique-se de estar utilizando a versão mais atualizada do aplicativo ou acesse-o via navegador no endereço oficial.
- Carregamento da imagem: Clique no ícone de adição (“+”) e selecione a opção para carregar uma imagem do seu dispositivo. Escolha a foto que deseja transformar.
- Inserção do comando: No campo de texto, insira o prompt “converter esta imagem para o mundo dos Simpsons” e envie a solicitação. Quanto mais descritivo você for no prompt que vai produzir, maiores são as chances do ChatGPT entregar as imagens do jeito que você quer.
Exemplo do prompt que utilizei nos meus testes:
Criar imagem transforme essa imagem no estilo os simpsons. a pessoa da foto estará em pé, usando uma camiseta preta, calça jeans e tênis preto com o logo da Nike nas laterais. Ele usa também um relógio de pulso no braço esquerdo. Siga os comandos à risca a partir de agora.
O ChatGPT processará a imagem e fornecerá uma versão estilizada conforme o solicitado.
Em instantes, a inteligência artificial processa sua imagem, analisando características faciais e elementos compositivos para gerar uma versão estilizada que captura a essência visual do universo amarelo de Springfield.
Explorando o ‘modo Ghibli’ para transformar suas fotos
O “modo Ghibli” também está disponível para parte dos usuários, e permite que suas imagens sejam reinterpretadas no estilo das animações do Studio Ghibli.
Para utilizá-lo, faça o seguinte:
- Acesso ao ChatGPT: Utilize a versão mais recente do ChatGPT, seja pelo aplicativo ou navegador.
- Carregamento da imagem: Selecione e carregue a foto que deseja modificar.
- Comando específico: Digite o prompt “converter esta imagem para o estilo do Studio Ghibli” e envie. Quanto mais descritivo você for no prompt que vai produzir, maiores são as chances do ChatGPT entregar as imagens do jeito que você quer.
O resultado será uma imagem que remete à estética única das obras do estúdio japonês.
O algoritmo então recria sua imagem incorporando elementos visuais distintivos das obras de Hayao Miyazaki e sua equipe, como pinceladas suaves, cenários oníricos e uma paleta de cores característica que evoca a atmosfera poética das produções japonesas.
As fronteiras éticas e o futuro da criação visual
Apesar do potencial criativo extraordinário, estas funcionalidades levantam questões fundamentais sobre direitos autorais de terceiros. E essa discussão elevou a temperatura por causa do caso Studio Ghibli.
A recriação computacional de estilos artísticos consolidados levanta dúvidas sobre os limites da propriedade intelectual e da apropriação cultural, além de eliminar de forma direta a essência humana no processo de criação artística.
Especialistas recomendam prudência na utilização destas ferramentas, enfatizando a importância do reconhecimento aos criadores originais e da consciência sobre possíveis implicações legais.
O uso responsável torna-se essencial para equilibrar inovação tecnológica e respeito à propriedade criativa.
De qualquer forma, os modelos que transformam imagens mostram o potencial da inteligência artificial na democratização da expressão visual personalizada. Esta tecnologia representa apenas o início de uma nova era onde as fronteiras entre criação humana e digital continuam a se dissolver.
Ao mesmo tempo, cresce a responsabilidade coletiva de estabelecer parâmetros éticos para o desenvolvimento e aplicação destas ferramentas disruptivas.