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Como um jovem americano de 22 anos se tornou bilionário no Brasil sem diploma nem herança

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Brendan Foody se tornou o bilionário sem herança mais jovem do mundoBrendan Foody se tornou o bilionário sem herança mais jovem do mundoFoto: Reprodução/ND Mais

Aos 22 anos, o norte-americano Brendan Foody tornou-se um dos bilionários mais jovens do mundo sem ter herdado fortuna, nem concluído um diploma universitário. A trajetória começou longe do Vale do Silício e passou pelo Brasil, onde uma decisão tomada quase por acaso ajudou a dar origem a uma das empresas mais valiosas da nova geração da inteligência artificial.

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Em 2023, Foody cursava o segundo ano da Universidade de Georgetown, em Washington, nos Estados Unidos, quando decidiu abandonar a faculdade. Enquanto colegas se preparavam para provas finais, ele optou por apostar em um projeto iniciado meses antes, durante uma hackathon realizada em São Paulo.

Na ocasião, o evento reuniu programadores e empreendedores de diferentes países e serviu como ponto de partida para a criação da Mercor, empresa hoje avaliada em cerca de US$ 10 bilhões.

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Na capital paulista, Foody conheceu Adarsh Hiremath e Surya Midha, que se tornariam seus sócios. Juntos, eles identificaram uma oportunidade relativamente simples: conectar empresas dos Estados Unidos a engenheiros qualificados fora do país, principalmente em mercados emergentes, como o Brasil.

Como funciona a empresa

A startup intermediava os contratos, repassava cerca de 70% do valor ao profissional e ficava com o restante como comissão. O primeiro cliente aceitou pagar US$ 500 por semana por um desenvolvedor remoto.

Brendan Foody, Adarsh Hiremath e Surya MidhaBrendan Foody, Adarsh Hiremath e Surya MidhaFoto: Reprodução/ND Mais

O modelo inicial funcionou, mas logo revelou um potencial maior. Em vez de apenas intermediar mão de obra técnica, a Mercor passou a estruturar um mercado de trabalho especializado voltado ao treinamento de inteligência artificial.

A empresa começou a recrutar profissionais altamente qualificados, como advogados, médicos, engenheiros e analistas financeiros, para atuarem como avaliadores humanos de sistemas de IA.

Esses profissionais produzem rubricas, análises e julgamentos detalhados sobre tarefas complexas, que servem para treinar e refinar modelos avançados. Na prática, a Mercor transformou conhecimento especializado em milhares de microtarefas remuneradas, essenciais para melhorar a capacidade de interpretação, contexto e tomada de decisão das máquinas.

IA impulsionou crescimento

O crescimento foi rápido. Em apenas nove meses de operação, a empresa já registrava uma taxa anual de US$ 1 milhão em receita. O desempenho chamou a atenção de investidores interessados em um dos principais gargalos da inteligência artificial contemporânea: a dependência do julgamento humano para tornar os modelos mais confiáveis e úteis em situações reais.

Bilionário decidiu investir em IA e alavancou lucroEmpresa decidiu investir em IA e alavancou lucroFoto: Reprodução/ND Mais

Dois anos após o início do projeto, a avaliação da Mercor saltou para a casa dos US$ 10 bilhões. Com isso, Foody e seus cofundadores passaram a integrar o seleto grupo de jovens bilionários da tecnologia sem herança.

Foody afirma que não tirou um único dia de folga nos últimos três anos. Segundo ele, a dedicação extrema não é fruto de sacrifício, mas de propósito. Seu critério principal é o retorno sobre o tempo investido: se o esforço diário contribui para transformar a forma como humanos e máquinas trabalham juntos, o custo pessoal se justifica.

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