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conduzir jamais será o mesmo

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á actualizações que passam despercebidas. E depois há aquelas que mudam a forma como usamos um serviço todos os dias — e a mais recente novidade do Google Maps entra claramente nesta última categoria. A Google decidiu incorporar a inteligência artificial Gemini directamente na navegação do Maps e, depois de testar as primeiras funcionalidades, a sensação é simples: parece que finalmente temos um verdadeiro “co-piloto digital”.

Se, até agora, o Google Maps já era indispensável para quem conduz, viaja ou simplesmente se perde a explorar novas zonas, com o Gemini a história muda de patamar. A aplicação deixa de ser apenas um mapa interactivo com indicações e transforma-se num assistente de condução capaz de conversar, resolver tarefas e até prever problemas antes de acontecerem.

Conversar com o GPS, sem tocar no telemóvel

A maior mudança chega na forma como interagimos com o Maps enquanto conduzimos. Até aqui, a ideia de “assistente” resumia-se a comandos de voz básicos: “leva-me a…”, “parar navegação”, etc. Com o Gemini, tudo se torna mais natural — quase como falar com alguém que vai sentado ao nosso lado.

Em vez de tocar no ecrã, basta dizer algo como: “Procura restaurantes ao longo do caminho que tenham opções vegan e que não sejam muito caros.”

Não só o Maps encontra locais dentro desses critérios, como dá informações adicionais, por exemplo sobre estacionamento. E se, no meio da conversa, nos lembrarmos de outro assunto?

  • “Ah, já agora, marca no calendário treino de futebol amanhã às 17h.”

Com autorização prévia do utilizador, o Gemini consegue aceder ao calendário e criar o evento automaticamente. Isto significa que o condutor consegue manter os olhos na estrada e as mãos no volante — sem comprometer a produtividade.

Para quem usa carros eléctricos, há mais um detalhe muito útil: é possível pedir ao assistente para encontrar postos de carregamento ao longo do percurso.

Direcções mais humanas: adeus “vire à direita em 500 metros”

Um dos momentos mais irritantes ao usar o GPS é ouvir indicações ultra-precisas como “vire à direita em 300 metros” e não ter qualquer noção de que ponto de referência procurar. Agora, essa confusão acabou.

O Google Maps passa a usar pontos de referência do mundo real: “Vire à direita depois do restaurante Portugália.”

O edifício aparece destacado no mapa e, para completar, o Gemini analisa imagens do Street View e os milhões de locais catalogados para garantir que escolhe referências fáceis de reconhecer.

Para quem conduz em zonas desconhecidas, é uma diferença enorme. Deixa de ser uma questão de metros e passa a ser algo visual, intuitivo e claro.

Alertas de trânsito antes de ficar preso nele

Outra novidade interessante: mesmo que o utilizador não esteja com uma rota activa, o Maps consegue detetar situações inesperadas à frente — acidentes, estradas cortadas ou filas anormais — e envia uma notificação preventiva.

Ou seja, já não precisa de estar a usar navegação para ser avisado de problemas no caminho.

Ideal para quem faz o mesmo percurso todos os dias e só quer saber se deve sair de casa 10 minutos mais cedo.

Descobrir locais apontando a câmara (Lens com Gemini)

Chegou a funcionalidade com maior “factor uau”. Imagine que está a passear numa cidade e passa em frente a uma pastelaria. Não sabe o nome, não tem tempo para pesquisar. Basta apontar a câmara e perguntar: “Este sítio é conhecido por quê?”

O Maps identifica o local, mostra opiniões, pratos populares, horário e tudo o resto. Quer saber se vale a pena entrar? Pergunte: “Qual é o ambiente lá dentro?”

Em segundos, o Gemini recolhe informação visual e descritiva e responde como se fosse uma pessoa.

Conclusão: o Google Maps deixou de ser um GPS — passou a ser um co-piloto

As melhorias chegam gradualmente nas próximas semanas a Android e iOS, começando nos EUA e nos países onde o Gemini está disponível.

Esta integração mostra claramente a direcção da indústria tecnológica: mapas deixam de ser estáticos e tornam-se interactivos, conversacionais e adaptáveis ao nosso estilo de vida. Conduzir já não é apenas seguir instruções. É ter um parceiro inteligente na viagem.

Se a inteligência artificial vai substituir o navegador humano? Não. Mas vai fazer com que finalmente deixe de ser necessário discutir quem é que está a ler o mapa ao contrário.

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