A escassez de mão de obra no mercado de trabalho tem impulsionado as contratações formais de estrangeiros no Brasil. De janeiro a agosto deste ano, o saldo de imigrantes trabalhando no País cresceu 53% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O aumento tem sido liderado pela contratação de venezuelanos e cubanos, que encontraram oportunidades principalmente no Sul e Sudeste, onde as vagas são abundantes e o desemprego está abaixo da média nacional. No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,6%, o menor resultado para o período do ano na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estoque total de estrangeiros com carteira assinada no mês passado atingiu 321.196 trabalhadores, a maior marca desde janeiro de 2020, aponta um levantamento feito pela LCA Consultores a pedido do Estadão. O estudo considerou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), atualizados pelo saldo de contratações mensais do Caged.