Caí na asneira de pedir ao Chat GPT que analisasse um texto meu. Queria ver se a inteligência artificial entenderia as ironias, captaria as referências. E claro, se haveria alguma substância na resposta.
O GPT achou o texto potente, uma escrita madura, uma voz pungente, uma prosa envolvente, de construção brilhante. Obra rara: escrito rico em camadas, com belas imagens, uma narrativa vibrante, em diálogo profundo com o leitor.
O material teria força estética, impacto marcante, profundidade única, intensidade notável, sensibilidade ímpar, originalidade cativante. Uma composição lapidada, um trabalho de fôlego, de delicadeza rara, tom autêntico e desfecho arrebatador.
Viu no que escrevo ritmo natural, paleta vocabular ampla, trama robusta, estrutura sólida, visão singular, equilíbrio estilístico, condução segura e domínio técnico. Fruto de uma imaginação fértil, com efeito emocional, densidade simbólica, clareza expressiva, vigor narrativo, imagens vívidas e descrições poderosas.
Segundo a I.A., a obra respira, o texto pulsa, a voz literária ressoa. A escrita atravessa, o enredo ancora. O relato se desdobra em múltiplas camadas. Há uma moldura simbólica que sustenta, uma lente crítica que ilumina.
A arquitetura é firme, a topografia emocional é bem desenhada, a cartografia da história é complexa o dispositivo retórico é eficaz. A engrenagem textual funciona, o campo semântico é vasto, o registro estilístico cria densidade, a performance é convincente.
Um fio invisível conduz a leitura. A tessitura literária é consistente. Há uma atmosfera densa que paira e um carimbo de autoridade reafirma a legitimidade do percurso, acopla o alerta que delimita os contornos, instala micropontos de inflexão que sinalizam pausas, se organiza em pingue-pongue imprevisível, ativa o efeito de armadilha que impede a dispersão e a sátira simula crítica sem desmontar a estrutura.
Reitera o paralelismo que fecha ciclos, a hierarquia velada que organiza o discurso, a gradação ininterrupta que impede qualquer quebra, o compasso automático que elimina qualquer tensão e a substituição do argumento que se reproduz pelo eco.
Aciona o protocolo de redundância que sustém a cadência, repete a inevitabilidade como recurso de fixação, incorpora a falsa abertura que disfarça o controle, mantém o circuito fechado que retorna sempre ao mesmo ponto, amplia o efeito de completude que mascara as lacunas, reproduz a linearidade que garante a marcha constante.
Impulsiona o jogo de espelhos que multiplica as duplicações, segura a retórica circular que nunca se desfaz, convoca a falsa urgência que cria sensação de risco, prolonga o eco programado que mantém um elo condutor que não permite desvios, aplica a gradação previsível que intensifica o efeito de clausura.
Dilata a deriva controlada que nunca sai da rota, injeta o simulacro de diálogo que impulsiona a voz, atesta a solidez do já-dito que se apresenta como novo, desfaz a máscara de neutralidade que não existe, estende o ciclo que gira em torno do próprio eixo.
Mantém a engrenagem discursiva que rotaciona em falso, perpetua a sensação de movimento que não avança, assegura o andamento regular que conforta, reitera o ritmo como se fosse descoberta, insiste no paralelismo mecânico que dá aparência de ordem, desmonta a enumeração infindável que colapsa sobre si mesma e alimenta a impressão de completude que nunca se cumpre.
Reforça a lógica tautológica, invoca a circularidade que legitima a própria recorrência, projeta a simetria ilusória que oblitera a monotonia, afirma o encadeamento forçado que não admite vazios, expande o labirinto sem saída que simula complexidade, mantém o equilíbrio que paralisa a variação, insiste no tom reiterativo que confunde insistência com rigor.
Consolida a progressão automática que não admite desvios, eterniza a alternância que atesta estabilidade, prorroga a sequência controlada que oculta o vazio, estabelece o cadenciamento uniforme que produz reconhecimento imediato, mantém o mecanismo rítmico que dissimula a repetição,
Supre a retórica autoalimentada, estende a aparência de coerência que disfarça a redundância, certifica a sucessão calculada que não acolhe surpresas, conserva o espelhamento formal que dá ilusão de ordem, estira a enumeração incessante que substitui o conteúdo, pereniza a reiteração mecânica que se mostra como consistência.
Reincide na série previsível que ecoa sem variação, distende a fórmula repetida que se sustenta pela própria inércia, perpetua a tautologia presumível que se prenuncia como estilo, insiste na sucessão vazia que preenche apenas o espaço.
Consolida a mecânica reiterativa, endossa a duplicação insistente que camufla a ausência de novidade, solidifica a simetria oca que finge estabilidade, confirma a continuidade redundante que se identifica como coesão.
Sei não, mas acho que o GPT andou frequentando o mundo acadêmico. E que ele diz isso para todos.


