Quase todos já foram alvo de algum tipo de fraude de identidade. Antes manuais, esses golpes tornaram-se digitais, rápidos e sofisticados. Hoje, a combinação de deepfakes, áudios forjados e perfis falsos criados com Inteligência Artificial expõe dados pessoais a riscos ainda maiores.
Mesmo usuários cautelosos deixam rastros digitais. Informações pessoais acabam circulando em bases públicas e privadas, facilitando o roubo de identidade. Em 2022, o FBI alertou sobre o uso de deepfakes por grupos norte-coreanos para fechar contratos internacionais e obter acesso a sistemas corporativos.
Casos de fraude com IA incluem áudios realistas que imitam vozes conhecidas, enganam sistemas de verificação e convencem até executivos experientes a realizarem transferências de valores elevados. Outro golpe em ascensão é o da identidade sintética: criminosos usam IA para criar perfis totalmente fictícios, mas plausíveis, que passam por entrevistas de emprego ou validações online sem levantar suspeitas.
Veja três estratégias eficazes para evitar deepfakes e fraudes:
1. Peça dados adicionais e inesperados
Solicitações pontuais de informações extras, como um documento com foto ou reconhecimento facial, ajudam a quebrar a lógica de perfis falsos criados por IA.
2. Limite o uso e a exposição de dados sensíveis (PII)
Evite armazenar e compartilhar informações pessoais de forma desnecessária. Use dados apenas nos momentos indispensáveis e com segurança.
3. Implemente protocolos comportamentais
Sistemas antifraude que monitoram ações atípicas, como horários incomuns ou solicitações suspeitas, podem acionar verificações extras antes de concluir uma transação.
A proteção contra fraudes digitais e deepfakes não depende de uma única ferramenta, mas sim de adaptação contínua às ameaças emergentes. Embora a IA generativa facilite a criação de golpes mais convincentes, ela também apresenta fragilidades quando exposta a testes mais complexos ou perguntas inesperadas.
Em um mundo onde fakenews e identidades artificiais se multiplicam, a melhor defesa é a vigilância constante, aliada ao uso consciente de dados e à adoção de sistemas robustos de verificação.
Com informações de Rick Songl em reportagem da Fast Company