Depois do Uber dos Correios, Lula vai fazer o ChatGPT do Serpro?

O presidente Lula (na foto, com Dilma Rousseff) defendeu nesta terça, 30, um “mecanismo de inteligência artificial” feito no Brasil.

E eu fiquei pensando: será que nós, um país com 200 milhões de habitantes, um país que já completou 524 anos, que tem uma base intelectual respeitada no mundo, que tem um povo tão generoso, que vive na diversidade tão extraordinária, esse país não pode criar seu próprio mecanismo ao invés de esperar vir de outros países. Por que não podemos ter a nossa?“, escreveu o presidente.

Nesta terça, 30, Lula recebeu uma prévia do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que definiu as ações do governo no setor de ciência e tecnologia.

O Plano traz como uma das metas: “Desenvolver modelos avançados de linguagem em português, com dados nacionais que abarcam nossa diversidade cultural, social, linguística, para fortalecer a soberania em IA“. É risível.

No início de julho, o presidente disse que os cientistas brasileiros deveriam “criar vergonha” e desenvovler uma ferramenta de inteligência artificial brasileira.

Mas todas as iniciativas tecnológicas do governo Lula terminaram em nada.

Em fevereiro do ano passado, o ministro do Trabalho Luiz Marinho afirmou que, se a empresa Uber, do aplicativo de viagens, quisesse deixar o Brasil, o país poderia encontrar um programa substituto — na estatal dos Correios.

Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado“, afirmou Marinho.

Mais de um ano depois, os Correios não lançaram nenhum aplicativo de viagens.

O problema do PT é o antiamericanismo, que gera uma desconfiança com todas as empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Além disso, há também um desprezo da iniciativa privada. Na cabeça de Lula e dos petistas, só vale o que é feito pelo governo.

Sempre foi assim.

Há dez anos, a presidente petista Dilma Rousseff assinou um decreto autorizando a criação de um sistema de e-mails exclusivo para uso do governo federal.

Naquela época, Dilma estava incomodada com as denúncias de que a agência de inteligência americana NSA tinha espionado suas mensagens, durante o governo do democrata Barack Obama.

O decreto de Dilma ainda tinha um trecho curioso no artigo 3.

Entre os objetivos do decreto, estava o de “ampliar a sustentabilidade ambiental com o uso da tecnologia da informação e da comunicação“.

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