O diretor de Comunicação e Marketing da FGV, Marcos Facó participou, no último dia 25 de junho, do CMO Summit. Durante o evento, reconhecido pelos profissionais do setor como um dos mais importantes fóruns de debate sobre questões relacionadas à Comunicação e Marketing, Facó abordou os desafios do marketing contemporâneo em um cenário marcado por desinformação, polarização e transformações impulsionadas pela inteligência artificial.
Esse tema foi debatido na mesa “Chief Whatever Officer? Redefinindo escopo, KPIs e papéis do CMO”, que contou ainda com a participação de Danielle Sardenberg (Banco Neon), Rodrigo Terra (Monking) e Marcelo Trevisan (BRQ Digital Solutions). A discussão teve como foco a reconfiguração dos cargos de liderança – como CMOs (Chief Marketing Officers) e CROs (Chief Revenue Officers).
Facó enfatizou que, no atual contexto, não há mais espaço para silos entre marketing e vendas, pois a IA tende a unificar essas áreas.
“Hoje, não existe mais necessidade de silos entre as áreas de marketing e vendas, dado que a IA vai se sobrepor, vai se impor sobre elas, unificando-as e tornando a experiência do consumidor, que é o principal fator de relevância para a criação de valor, mais fluida, de modo que agregue uma experiência que permita ao usuário se beneficiar dela, criando valor”, afirmou.
Durante o painel, Facó também foi questionado sobre como preservar o valor de uma marca com reconhecimento nacional e internacional, como é o caso da FGV. Ele destacou a importância de consistência e entrega contínua: “O segredo está em seguir entregando valor para os clientes que confiam na FGV e para o mercado, que reconhece essa formação e proporciona a ascensão profissional de quem busca a excelência da Fundação.”
A mesa ainda trouxe reflexões sobre a transição do marketing da era da emoção para a era dos dados — e, agora, o movimento inverso: como reintroduzir a emoção nas interações mediadas por inteligência artificial. Também foram discutidas mudanças no ecossistema digital, como o possível fim da centralidade dos websites, já que agentes inteligentes são capazes de interagir e negociar sem a mediação humana.
Por fim, Facó alertou para a necessidade de uma comunicação sensível ao tempo presente, diante de um cenário de intensas transformações sociais: “Vivemos o tempo do ‘Me First’. A pergunta é: o que as pessoas precisam saber agora para se sentirem mais seguras, mais capazes e mais informadas?”, provocou.