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Descubra a multinacional de Santa Catarina que recebe recomendações do governo

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Conselho disputado expõe força da multinacional de SCFoto: Tupy/Divulgação/NDConselho disputado expõe força da multinacional de SCFoto: Tupy/Divulgação/ND

A Tupy, multinacional catarinense com sede em Joinville, entrou no radar do alto escalão do governo federal com indicações para os conselhos de administração e fiscal, cargos que podem pagar salários de até R$ 680 mil por ano. A empresa figura entre as maiores de Santa Catarina, com quase 20 mil colaboradores e faturamento bilionário.

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As indicações realizadas pelo presidente Lula (PT) envolvem o ministro da Defesa, José Múcio, e o secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social, Tiago Cesar dos Santos, e ocorrem por meio do BNDESpar, braço de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e principal acionista da companhia.

Planta da Tupy em JoinvilleMultinacional de SC bilionária entra no radar do governoFoto: Tupy/Divulgação/ND

Multinacional de SC fatura bilhões e exporta mais de 70% da produção

Fundada em 1938 em Joinville, a Tupy é a maior multinacional da cidade e desenvolve soluções de engenharia aplicadas aos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia.

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A companhia é líder na produção de componentes para motores da indústria automotiva e atua na fabricação de componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica.

A multinacional soma cerca de 18 mil colaboradores, exporta mais de 70% da produção e registrou, em 2024, cerca de R$ 10,7 bilhões em receita total. Somente no terceiro trimestre do ano, a companhia contabilizou R$ 2,4 bilhões em receitas, abaixo dos R$ 2,6 bilhões faturados no segundo semestre.

Multinacional de SC, Tupy tem sede em Joinville e atua em três continentesMultinacional de SC, Tupy tem sede em Joinville e atua em três continentesFoto: Divulgação/Tupy/ND

Em setembro deste ano, a empresa alcançou posição de destaque ao entrar no top 10 do ranking das melhores empresas do setor de Bens de Capital do Brasil, promovido pelo Ranking Exame Melhores e Maiores 2025. Em Santa Catarina, a companhia ficou na quarta colocação entre as 35 maiores organizações.

No ranking Valor Inovação Brasil 2025, a Tupy alcançou a 20ª posição, avançando 27 posições em relação ao ano anterior. A companhia também se destacou no Prêmio Valor 1000 como a maior empresa de Metalurgia e Siderurgia da região Sul, ocupando a 131ª posição entre as mil maiores empresas do Brasil.

Destaque no uso de inteligência artificial

As fábricas da Tupy estão localizadas em Joinville, São Paulo e na cidade mineira de Betim, além de unidades em Saltillo e Ramos Arizpe, no México, e Aveiro, em Portugal. A multinacional mantém ainda escritórios nos Estados Unidos, na Alemanha, na Itália e na Holanda.

Atualmente, a companhia emprega quase 20 mil funcionáriosFoto: Tupy/Divulgação/NDAtualmente, a companhia emprega quase 20 mil funcionáriosFoto: Tupy/Divulgação/ND

Em novembro deste ano, a empresa foi reconhecida entre as 10 melhores do AI Lighthouse Awards, prêmio criado pela FDC (Fundação Dom Cabral) em parceria com a CI&T. A iniciativa, inédita no Brasil, tem como objetivo identificar e valorizar organizações que aplicam Inteligência Artificial (IA) de forma estratégica e orientada a resultados.

A Tupy ficou em nono lugar na premiação. O reconhecimento veio pelo case “Desenvolvimento de Inteligência Artificial própria na Tupy”, que demonstra como a companhia tem utilizado tecnologia de ponta para elevar os padrões de eficiência, qualidade e competitividade em seus processos industriais.

Série de indicações

As indicações feitas por Lula ao conselho da Tupy não são inéditas. Anielle Franco (Igualdade Racial), Carlos Lupi (então ministro da Previdência) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União) ocuparam assentos no conselho da multinacional entre 2023 e o início deste ano.

A indicação dos três chegou a ser investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sob suspeita de que as nomeações teriam ocorrido sem consulta prévia à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Eles deixaram os cargos em maio deste ano.

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