O saldo do Dia Nacional de Protestos pela Valorização da Carreira de Finanças e Controle é positivo. Além de marcar a posição dos servidores na luta por reconhecimento, com atos públicos em todo o país, a mobilização resultou em duas importantes reuniões nesta terça-feira, 3 de setembro. Pela manhã, a agenda foi com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e com o chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Laio Morais, e, à tarde, com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, e com a secretária-executiva da Pasta, Eveline Martins. Dos encontros, o Sindicato obteve o compromisso de construir uma reunião conjunta com o ministro da Fazenda já para os próximos dias.
Na STN, o dia começou com a concentração dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle no hall do prédio. Após breve debate, capitaneado pela Diretoria do Sindicato, o grupo seguiu em passeata até o gabinete do ministro Fernando Haddad. Minutos depois, uma comitiva formada pelo presidente Rudinei Marques e pelos delegados sindicais do Distrito Federal Roberto Luttner e Rafael Perez, entre outros servidores, foi recebida pelo chefe de gabinete. O secretário Ceron se juntou ao grupo na sequência.
“Fizemos uma retrospectiva da campanha salarial e enfatizamos que estamos em uma etapa dramática de todo esse processo, marcada pela ausência de diálogo, e também pela urgência de encaminharmos uma solução. Para isso acontecer, eles têm que dar um passo na nossa direção. Reiteramos que a manutenção dos níveis, a melhoria do percentual e a exigência de nível superior para TFFC são nossos parâmetros de negociação”, relatou Rudinei Marques, ao informar sobre o compromisso assumido pelo chefe de gabinete e pelo secretário do Tesouro de intermediar uma reunião com Haddad.
O Dia de Protestos seguiu com um ato público em frente ao edifício-sede da CGU. A adesão foi ainda maior do que a observada pela manhã. Diversos servidores, delegados sindicais e dirigentes do Sindicato se revezaram nas falas, que destacaram a continuidade da luta e a disposição da carreira em seguir mobilizada pelo tempo necessário. O recado deu o tom à reunião com o ministro, realizada ao fim da atividade.
Rafael Perez descreveu o sentimento de frustração da carreira frente ao desprestígio do governo e lembrou que o trabalho realizado pelos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle “não tem paralelo na Administração Pública”, ao cobrar que a carreira seja valorizada como tal.
O presidente do Unacon Sindical afirmou que a “má vontade” do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos bloqueou as negociações.
“Vamos insistir no nível superior para TFFC e na melhoria dos percentuais. Sobre os 20 níveis, só vamos aceitar se ficar consignado em acordo que só será implementado quando for implementado carreiras correlatas da Administração Federal”.
O ministro se mostrou engajado em buscar uma solução e se comprometeu a apresentar propostas ao ministro Haddad visando à retomada do diálogo com o MGI.
