Publicado em
18/08/2024 às 17:05
Mas como essas mulheres, que anteriormente atuavam em profissões como cabeleireira e técnica de enfermagem, estão conquistando o campo?
O cenário atual revela um investimento significativo na mão-de-obra feminina, impulsionado por cursos de capacitação gratuitos oferecidos pelas usinas, que têm como objetivo promover a inclusão no agronegócio.
Juliana Chaves Freitas, por exemplo, em entrevista ao programa Nosso Campo, da TV Globo, explicou que antes conhecida por sua carreira como técnica de enfermagem e cabeleireira, agora se destaca como tratorista em uma usina localizada em Tanabi, São Paulo.
A transformação de sua carreira é um reflexo da crescente presença feminina nas usinas de cana-de-açúcar. Na unidade onde ela atua, por exemplo, atualmente 10% dos funcionários são mulheres, graças à oferta de cursos de capacitação voltados para elas.
Daiane Carvalho, também ao programa citado, explicou que trabalha como professora, é outra figura emblemática dessa transformação. Ela iniciou um curso de tratorista com o sonho de operar máquinas pesadas, e agora, já está realizando esse sonho na prática.
Este curso é apenas uma das várias iniciativas promovidas pela usina, que já chegou à nona edição. No total, 123 mulheres passaram por essas capacitações, com 50 delas sendo contratadas para trabalhar na usina logo após a conclusão dos estudos. Atualmente, 30 dessas mulheres ainda fazem parte da equipe.
Em Ariranha, São Paulo, a história é semelhante. Florentina Nobre, uma veterana de 12 anos no setor, comanda uma das colheitadeiras da usina e foi a primeira mulher a ser contratada para trabalhar no campo.
Conforme o Nosso Campo, da TV Globo, desde o início de 2024, 62 novas mulheres foram integradas ao quadro de funcionários, estabelecendo um recorde de contratação em apenas sete meses. A presença feminina no campo cresceu impressionantes 600% entre 2021 e 2023, resultado de um intenso programa de capacitação.
O futuro promissor e o papel do público feminino no agronegócio
A tendência é que o número de mulheres trabalhando nas usinas de cana-de-açúcar continue a crescer. A usina está promovendo mais cursos gratuitos para treinar mulheres e prepará-las para assumir outros cargos importantes no setor.
A história de Regiane dos Santos, motorista de caminhão há 13 anos, ilustra bem essa transformação. Ela se dedica a transportar a cana do campo para a usina, uma tarefa que ela desempenha com paixão e comprometimento.
Essas histórias são testemunhos de como o agronegócio está se reinventando e abrindo novas oportunidades para as mulheres. Com programas de capacitação eficazes e a vontade de transformar o cenário tradicional, o futuro promete ser ainda mais promissor para essas mulheres que têm feito a diferença no setor.
Qual é a sua opinião sobre a crescente presença feminina em setores tradicionalmente dominados por homens? Você acredita que essa tendência continuará a se expandir? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!