CEO da OpenAI quer entrar no mercado de interfaces cérebro-computador e deve concorrer com a Neuralink, de Musk
Sam Altman e a OpenAI tem planos de investir em uma tecnologia que permite a comunicação entre o cérebro humano e computador sem o uso de músculos, fala ou teclado. A intenção da gigante é entrar nesse mercado por meio da startup Merge Labs, para fazer implantes de chips cerebrais.
Se o plano for concretizado, Altman vai levar sua rivalidade com Elon Musk para além da inteligência artificial (IA), e disputar com a Neuralink o mesmo nicho. Altman preferiu não comentar.
A Merge Labs tenta captar fundos avaliados em US$ 850 milhões, e a maior parte desse novo capital deve ser da equipe de investimentos da OpenAI, segundo fontes ouvidas pelo Financial Times. O nome vem do que o Vale do Silício chama de “the merge” (“a fusão”), um momento em que cérebro e máquina se unem.
O CEO da OpenAI apoia o investimento e deve trabalhar no lançamento da empreitada ao lado de Alex Blania, líder do World, um projeto de identificação digital por escaneamento ocular também incentivado pelo chefe da OpenAI.
Mesmo no papel de cofundador, Altman não terá papel na gestão da Marge Labs e nem fará investimento próprio na startup.
No começo do ano, a Neuralink captou US$ 650 milhões com ajuda dos investidores Sequoia Capital, Thrive Capital e Vy Capital, e foi avaliada em US$ 9 bilhões. Altman também já colocou dinheiro na Neuralink.
Os implantes cerebrais são uma tecnologia existente há décadas, mas os avanços recentes em IA e nos componentes eletrônicos usados para captar sinais do cérebro aumentaram a chance de que eles se tornem mais úteis na prática.
Em suma, sensores captam a atividade elétrica do cérebro, um sistema interpreta e os transforma em comandos para controlar algo – um cursor na tela, acionar uma cadeira de rodas ou até controlar um braço robótico, por exemplo.
Altman impulsionou várias outras empresas em mercados relacionados ao da OpenAI, hoje avaliada em US$ 300 bilhões. Além de cofundar o World, ele investiu no grupo de fissão nuclear Oklo e no projeto de fusão nuclear Helion