A R7 Facilities Serviços de Engenharia LTDA, com sede em Guará (SP), está sob investigação por suspeita de ser administrada por “laranjas”. A empresa, que tem contratos milionários em diversas regiões do país, foi alvo de apurações após a fuga de dois presos do Comando Vermelho da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde a construtora também atuava.
Apesar das investigações conduzidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU), a R7 Facilities recebeu R$ 5,4 milhões em emendas parlamentares neste ano. Segundo a plataforma Siga Brasil, que monitora os pagamentos de emendas no país, a empresa foi beneficiada por nove repasses indicados por bancadas estaduais e comissões, com valores entre R$ 197 mil e R$ 1,7 milhão. Três desses repasses foram previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, e os demais estão no dispositivo legal do próximo ano.
Presídio Federal do Mossoró / Foto: José Aldenir – Agora RN
Embora a R7 Facilities tenha recebido parte desses valores para serviços de desenvolvimento agrícola em várias regiões do Brasil, seu nome não aparece nos espelhos das emendas parlamentares, documentos que detalham os gastos públicos.
As investigações ainda não estabeleceram uma conexão direta entre a fuga dos presos em Mossoró e a atuação da R7 Facilities, concentrando-se na possível utilização de “laranjas” na administração da empresa. A CGU confirmou que as apurações estão em andamento, mas informações adicionais não foram divulgadas devido ao caráter sigiloso do processo. O TCU também está conduzindo uma investigação sobre as denúncias.
Com informações do portal Metrópoles