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Entenda por que o bitcoin está subindo mais de 5% e o que pode acontecer agora | Criptomoedas

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O bitcoin (BTC) sobe quase 6% nesta quinta-feira (8) e alcança seu maior patamar desde 31 de janeiro, sendo negociado a mais de US$ 102 mil. A disparada veio depois do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país atingiu um acordo comercial com o Reino Unido. A notícia veio ao mesmo tempo em que começam as negociações entre EUA e China sobre as tarifas recíprocas.

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Trump disse hoje que prevê uma “reunião amigável” com a China e admitiu que as tarifas atuais contra produtos chineses, de 145%, devem ser reduzidas. Segundo Axel Blikstad, sócio-fundador da gestora B2V, o alívio na guerra tarifária traz muito mais clareza para o mercado, algo que é bom para ativos de risco como o bitcoin.

“Cripto caiu muito rápido depois do Liberation Day [dia do tarifaço global de Trump]. Lembra muito o que aconteceu na pandemia, embora desta vez tenha caído menos do que algumas ações de tecnologia”, lembra. Para ele, enquanto o ouro devolve parte dos ganhos do último mês, é natural que quem acredita na tese do BTC como uma reserva de valor comparável a um “ouro digital” coloque dinheiro na criptomoeda, visto que ela teve um desempenho tão ruim recentemente.

O bitcoin chegou a cair para US$ 74 mil no começo de abril, quando houve o auge das preocupações do mercado com uma possível disrupção das cadeias internacionais de produção por causa das tarifas de Trump. O sucesso das negociações, que vai começando a aparecer, mostra que o impacto pode não ser tão grande assim e que a estratégia do presidente americano realmente era usar as taxas para forçar outros países a aceitarem acordos que beneficiem principalmente o setor industrial dos EUA.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, diz que os gatilhos para a alta eram conhecidos, mas faltava alguém apertar o botão, referindo-se ao alívio no tarifaço. “Se o discurso se tornar prática [em relação à redução das tarifas contra a China], podemos ver um otimismo cada vez mais generalizado nos mercados, o que pode impactar de forma bastante positiva o bitcoin”, avalia.

O alívio acabou amenizando até mesmo os receios com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no dia anterior, após o banco central americano manter as taxas de juros no patamar de 4,25% a 4,5% ao ano. Powell adotou um tom de cautela ao dizer que não há pressa para reduzir os juros e que a autoridade monetária vai esperar para ver o que ocorre com a inflação e o emprego. Se Trump retirar mais tarifas, o impacto na inflação americana naturalmente será menor.

Todavia, Fernandes alerta que Trump já voltou atrás em suas decisões diversas vezes, e separar narrativa de fato tem sido uma proteção importante para os investidores.

Além do cenário macroeconômico mais favorável, Blikstad destaca que o Gabinete de Controle da Moeda (OCC) dos EUA anunciou ontem que bancos podem, a pedido dos clientes, comprar e vender criptoativos sob custódia. O anúncio representa mais um sinal da guinada regulatória mais favorável dos EUA em relação ao setor cripto após a eleição de Trump, uma vez que várias empresas que trabalham com ativos digitais foram processadas judicialmente durante a era Biden.

Também no campo regulatório, o estado de New Hampshire se tornou o primeiro a aprovar uma lei que permite a criação de uma reserva de bitcoin com recursos públicos. O estado poderá investir até 5% do caixa disponível na criptomoeda. Logo depois, a governadora do Arizona, Katie Hobbs, aprovou uma lei que permite ao estado manter a custódia de criptomoedas apreendidas, embora tenha vetado um projeto anterior que permitia o investimento de outros fundos apreendidos na moeda digital.

“É uma onda de fatores positivos que vão levar o ativo para níveis mais elevados. Sem uma reserva estratégica de bitcoin, acredito que a criptomoeda possa valer US$ 175 mil por unidade, porém se for aprovada uma reserva por parte do governo federal dos EUA, deve chegar a US$ 225 mil”, projeta o gestor da B2V.

Às 20h35 (horário de Brasília), o bitcoin subia 5,7% em 24 horas, a US$ 102.904.

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