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Lançada em 2015 pelo programador Vitalik Buterin, a plataforma Ethereum revolucionou o mercado de ativos digitais ao expandir o uso da tecnologia blockchain para aplicações além das transações financeiras. Seu principal diferencial está na criação de contratos inteligentes — as chamadas dApps — que permitem o desenvolvimento de soluções descentralizadas e colaborativas. A criptomoeda nativa da plataforma, o ether (ETH), é negociada nesta quinta-feira (17) a US$ 1.570,24, com queda de 3,41% nas últimas 24 horas.
Embora o nome Ethereum seja frequentemente usado para se referir à sua criptomoeda, o correto é chamá-la de ether. Atualmente, o ativo digital ocupa a segunda posição em capitalização de mercado entre as criptomoedas, ficando atrás apenas do Bitcoin.
O ether passou por uma valorização expressiva desde sua criação. Em janeiro de 2016, a moeda era negociada a cerca de 1 dólar. Desde então, atingiu seu recorde histórico de US$ 4.891,70.
Um dos marcos mais importantes da rede foi a atualização para o Ethereum 2.0, realizada em 15 de setembro de 2022. Conhecida como The Merge (“A Fusão”, em português), a mudança alterou o mecanismo de validação de transações da rede, abandonando o sistema de prova de trabalho (proof-of-work) e adotando o modelo de prova de participação (proof-of-stake).
Com essa mudança, o Ethereum reduziu seu consumo de energia em cerca de 99,9%, segundo estimativas dos próprios desenvolvedores. Além de tornar a rede mais sustentável, a fusão também trouxe promessas de transações mais baratas e eficientes. A expectativa dos defensores da criptomoeda é que essas melhorias deem ao Ethereum vantagem competitiva frente ao Bitcoin.
No modelo proof-of-stake, os proprietários de ether bloqueiam uma quantidade de suas moedas para participar da validação de novas transações. Em troca, recebem recompensas em ether, fortalecendo ainda mais a descentralização e a segurança da rede.