De acordo com o estudo Panorama da IA no Brasil realizado em 2025 pela Zappts, 62% das empresas globais estão experimentando IA, porém, menos de 10% conseguem aplicar essas soluções de forma a impactar o negócio. Para esse desafio, instituições renomadas como Harvard, MIT, Kellogg, Wharton, INSEAD e Tsinghua passaram a divulgar programas que abordam desde o desenho dos workflows até a mensuração do impacto competitivo da IA e dos agentes de IA.
“Toda empresa quer melhores resultados de negócio, e muitas vezes os agentes de IA podem ajudá-los nisso. A verdadeira transformação digital começa quando o ser humano aproveita a tecnologia e aprende junto com ela para obter os melhores resultados possíveis”, diz Rodrigo Bornholdt, CTO & Co-fundador da Zappts.
Por isso, universidades e escolas de negócios de referência internacional vêm focando na formação dos executivos nessa nova fase da tecnologia, especialmente em temas avançados como automação agêntica, governança digital e impacto nos resultados de negócios.
Modelos adotados pelas principais instituições do mundo:
Harvard articula IA como infraestrutura digital, enfatizando a personalização em escala, telemetria e redução de custos. Executivos aprendem a tomar decisões com suporte de dados em tempo real e a operar plataformas abertas, priorizando aceleração e governança;
MIT aprofunda o uso de sistemas agênticos, capacitando executivos a delegar tarefas para agentes, gerenciar exceções, reversão rápida e limites de atuação. O foco está em garantir rastreabilidade, segurança e supervisão mínima;
Kellogg e Wharton consolidam frameworks de maturidade em IA, “zero-touch operations” e mensuração de KPIs que vão além da eficiência operacional. Executivos são treinados para escalar automação transversal por processos e trabalhar com governança integrada ao produto digital;
INSEAD e Tsinghua abordam confiança, privacidade e impacto regulatório, formando líderes aptos para ambientes regulados como saúde, finanças e telecom.
“Esse movimento reforça que a gestão contemporânea pede uma mudança de mentalidade. Líderes precisam parar de enxergar a inteligência artificial como um simples teste ou experimento, para começar a tratá-la como parte estratégica do negócio”, explica Rodrigo.
As melhores práticas internacionais propõem revisar periodicamente as decisões automáticas, ajustar limites de atuação dos agentes digitais e construir planos de automação que considerem o volume de dados, o custo de eventuais falhas e a facilidade de corrigir erros rapidamente.
Nos setores mais sensíveis, como saúde e finanças, a recomendação é incluir privacidade e rastreabilidade desde o início, não como remendos, mas como parte da arquitetura dos projetos.
No Brasil, o avanço acompanha as tendências globais, mas o grande desafio permanece na execução e na gestão. Escalar agentes de IA para atuarem diretamente nos processos de negócio exige integração real entre dados de clientes, monitoramento contínuo e plataformas abertas, princípios consolidados em benchmarks internacionais.
Na prática, os executivos precisam responder a questões estratégicas, tais como: seus projetos de IA têm governança sólida? Os indicadores de desempenho estão embutidos na operação? Há capacidade real de crescer de forma sustentável?
“De Harvard à Saint Paul, só com visão estratégica e disciplina na execução e na gestão é possível transformar experimentos em vantagem competitiva na nova era da inteligência artificial”, finaliza o especialista.


