Apesar de US$ 465 milhões saírem dos ETFs de ETH em um único dia, aumento recorde em posições alavancadas e interesse institucional sugerem retomada do rali.
O Ethereum enfrentou um marco negativo em 4 de agosto, com ETFs à vista sofrendo uma saída recorde de US$ 465 milhões. A BlackRock liderou os resgates, com US$ 375 milhões saindo do seu iShares ETH Trust ETF (ETHA), enquanto o Fidelity perdeu US$ 55 milhões. O movimento representa uma inversão abrupta após julho ter sido o melhor mês da história para ETFs de ETH, com entradas de mais de US$ 5,4 bilhões em apenas 20 dias.
Mesmo com esse recuo, o cenário geral ainda mostra forte acúmulo institucional. O interesse em Ethereum não se limita apenas aos ETFs. A Open Interest (OI) da criptomoeda na Binance disparou para US$ 8,7 bilhões, quase 3,5 vezes acima dos níveis vistos durante o ciclo de alta de 2021, quando ETH era negociado a preços semelhantes. Apesar da alta em posições alavancadas, as taxas de financiamento permanecem neutras, sugerindo que o mercado ainda não está excessivamente inclinado para nenhum lado.
Segundo a CryptoQuant, essa combinação de alta OI e funding neutro indica que o mercado está se posicionando de forma estratégica, aguardando catalisadores para movimentos mais fortes. A ausência de liquidações em massa e a continuidade de entradas institucionais, mesmo que mais tímidas, sinalizam que o atual cenário pode ser o prelúdio de uma nova fase de expansão de preços.
Bitcoin também enfrentou turbulências, com saídas de US$ 920 milhões de seus ETFs nos dias 31 de julho e 1º de agosto. Após alcançar um recorde de US$ 123.000, a principal criptomoeda despencou para US$ 112.000, pressionada por vendas de grandes players, incluindo a liquidação de 80.000 BTC pela Galaxy Digital.
Apesar dessas correções, o mercado se mostra resiliente. O Ethereum, por exemplo, subiu 2,2% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 3.630, acumulando uma alta de quase 44% nos últimos 30 dias. O CEO da Galaxy, Mike Novogratz, acredita que o ETH pode superar o BTC nos próximos seis meses, apoiado pela crescente adoção corporativa e pela expectativa de retomada nos fluxos de ETFs.
No caso do Bitcoin, analistas como Michaël van de Poppe alertam para a possibilidade de novos testes na região de US$ 110K-112K, mas destacam que a estrutura de mercado permanece sólida, com investidores mirando o nível de US$ 120.000 como próxima resistência chave.