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EUA e China: Conheça as diferentes visões sobre Inteligência Artificial que podem determinar a liderança global

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Guynever Maropo

3 minutos de leitura

O avanço da Inteligência Artificial tem redesenhado disputas econômicas e geopolíticas globais. A tecnologia deixou de ser apenas inovação e passou a ocupar o centro das estratégias de poder das maiores economias do mundo.

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Uma coluna de Ronaldo Lemos, publicada pela Folha de S. Paulo e com base em artigo do Financial Times, chama atenção para o contraste entre as apostas feitas por Estados Unidos e China. O texto levanta dúvidas sobre liderança tecnológica e impacto real no longo prazo.

No artigo do Financial Times, assinado por Tim Wu, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia e especialista em tecnologia e economia, questiona se os Estados Unidos poderiam vencer a corrida da IA e ainda assim perder a disputa estratégica com a China. A provocação aponta para riscos além do domínio tecnológico.

Segundo o autor, os Estados Unidos concentram esforços quase absolutos no sucesso da Inteligência Artificial. O país nunca direcionou tantos recursos para uma única tecnologia ao longo de sua história.

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Os investimentos americanos têm potencial para ultrapassar US$ 1 trilhão (R$ 5 trilhões). O montante supera de forma combinada os gastos históricos com a ida à Lua, o desenvolvimento da bomba atômica e a criação da internet.

A expectativa é que a liderança em infraestrutura e sistemas avançados de IA gere um ciclo de crescimento econômico sem precedentes. O discurso dominante aposta na solução de gargalos estruturais e em avanços científicos de grande escala.

Apesar do entusiasmo, o artigo destaca uma lacuna entre investimento e resultado prático. Ainda não está claro como a Inteligência Artificial se converterá em ganhos econômicos proporcionais ao volume aplicado.

A situação lembra um plano incompleto. Existe clareza sobre o investimento inicial, mas o caminho até o retorno financeiro permanece indefinido. Esse descompasso abre espaço para comparações com a estratégia adotada pela China.

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Qual a estratégia da China?

Diferentemente dos Estados Unidos, a China não concentrou todos os recursos apenas em Inteligência Artificial. Os investimentos no setor são mais contidos, estimados em cerca de US$ 100 bilhões (R$ 500 bilhões).

O foco chinês está na diversificação. O país lidera aproximadamente 70% da produção global de veículos elétricos, 85% de painéis solares e 75% do mercado de baterias.

Mesmo quando inclui a IA em sua estratégia, a China prioriza eficiência e aplicação prática. O objetivo é melhorar processos industriais, logística, robótica e setores ligados à economia real.

EUA vs. China: quem é o vencedor, afinal?

Tim Wu reconhece que ainda não existe um vencedor claro entre os dois modelos. O mercado financeiro, até agora, tem favorecido empresas alinhadas à estratégia americana de Inteligência Artificial.

Se a aposta dos Estados Unidos se confirmar, o prêmio será amplo. A liderança pode se estender aos campos econômico, militar e científico.

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No entanto, caso contrário, a abordagem pragmática da China pode se mostrar mais sustentável no longo prazo, já que o futuro da Inteligência Artificial permanece em aberto, assim como o desfecho dessa disputa global.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte… saiba mais


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