Ex-mulher de Fernández diz que pediu proteção ao governo argentino

Alberto Fernández e Fabiola Yanez

Fabiola Yañez diz ter sido ameaçada pelo ex-presidente da Argentina; funcionários do governo confirmam ter presenciado agressões

A ex-primeira dama da Argentina Fabiola Yáñez disse que foi vítima de violência doméstica e psicológica do ex-marido e ex-presidente Alberto Fernández. Na 1ª entrevista após o vazamento de imagens de hematomas, Yañez disse que pediu ajuda a agentes do governo, incluindo ao Ministério da Mulher, e que não gostou do tratamento que recebeu.

“Sim, pedi ajuda [ao Ministério da Mulher] […] Mostrei [as imagens] e pedi ajuda. A pessoa as viu e agora me mandou uma mensagem dizendo ‘você nunca me pediu ajuda’ […]. Vocês podem imaginar de quem estou falando. Me falaram ‘venha venha ao gabinete’. Se você vê alguém passando por isso, sou eu quem tem que ir até a pessoa?”, disse em entrevista ao Infobae.

Morando em Madri, na Espanha, negou que ela tenha vazado as imagens e a conversa que denunciou o caso. A troca de mensagens constava em um inquérito aberto contra Fernández que investiga corrupção, e estavam em um celular do ex-presidente.

“Fiquei destruída, mas fiquei destruída pelo meu filho. Eu nunca desejei que saísse uma foto minha naquele estado. Que mulher quer se ver na televisão e nos principais meios de comunicação do mundo assim? […] Minha família está separada porque a minha mãe teve que vir me apoiar”, disse.

Violência durou anos

Quando as imagens foram vazadas, a ex-primeira dama hesitou em apresentar uma denúncia, foi procurada pela Justiça e optou por formalizar o caso. Disse que a violência começou antes de Fernández assumir a presidência em 2019. O casal estava junto desde 2014.

Ao longo da entrevista com o portal Infobae, ela evitou dar detalhes sobre as alegações, pois estaria impedida pelo caso que corre na Justiça. Yolanda disse que foi traída pelo ex-presidente e que acobertou muitos casos, citando um suposto caso do então marido e a radialista Tamara Pettinato

“Outra violência à que estive sujeita por muito tempo é o assédio telefônico. Terrorismo psicológico. Essa pessoa esteve me ameaçando dia sim, dia não, durante 2 meses de que seu eu fizesse uma coisa ou outra, ele iria cometer suicídio. Isso não se faz, é um crime […] Foi a última coisa que ele me fez”, afirmou.

Funcionários testemunharam agressões

Fabiola Yáñez disse que mesmo estando vivendo em casas separadas, dentro da Quinta de los Olivos (residência presidencial de Olivos), ainda era vítima de violência. Segundo o jornal argentino La Nación, funcionários da residência presidencial confirmaram terem testemunhado casos de violência.

Em um desses episódios, Alberto Fernandez teria agarrado Fabiola Yañez pelos cabelos e braço. Foi retirado da casa de hóspedes, onde a ex-mulher ficava com o filho do casal, para se acalmar.

Fernández foi alvo de um pedido de buscas e apreensão em 9 de julho. Seu celular foi apreendido pela Justiça, que determinou medidas restritivas. ​​O ex-presidente da Argentina nega as acusações. Em comunicado, Fernández disse ter se informado do caso pela imprensa e disse que vai apresentar evidências de sua inocência.



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