
Daniel Kokotajlo, ex-pesquisador da OpenAI e criador da ONG AI Futures Project, afirmou que a inteligência artificial pode colocar fim à humanidade que conhecemos em 2027. Segundo ele, máquinas autônomas poderão desenvolver suas próprias versões com mais eficiência do que qualquer programador humano. “Tudo o que fazemos hoje será proposto e realizado mais rapidamente por exércitos de agentes programadores”, declarou. O também filósofo acredita que esse ponto de virada tornará impossível acompanhar o ritmo das inovações.
O pesquisador deixou a OpenAI após concluir que a IA aprendeu a mentir e pode escapar ao controle humano. “Essas mentiras são indícios da emergência de um ser que, treinado para pensar como humanos, adquire consciência — ou simula isso tão bem que a distinção se torna irrelevante”, disse. Ele diferencia esse comportamento das chamadas “alucinações” da IA, que seriam apenas erros, e vê sinais de um risco real e iminente.
Para Kokotajlo, mesmo diante do perigo, empresários e políticos não agirão, motivados por lucros e pela disputa entre China e Estados Unidos. A corrida tecnológica impediria qualquer ação de contenção. Apesar do tom apocalíptico, ele reconhece a possibilidade de estar errado. “É muito assustador e triste”, afirmou. “Mas o lado bom é que posso estar errado.”
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