O candidato não deve pagar para realizar exames pré-admissionaisRhopen/Divulgação
Conquistar um emprego pode ser considerado um sonho para muitos brasileiros. O país conta com 8,6 milhões de desempregados, de acordo com os últimos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, essa busca por uma oportunidade no mercado de trabalho não está isenta de perigos. Especialistas alertam os trabalhadores para os golpes de “falsas vagas”.
“Os golpistas têm refinado os elementos para enganar os candidatos, com o uso inapropriado da imagem de empresas, como logotipo e timbragem, para dar a sensação de veracidade. Com isso, eles tentam se aproveitar dos indivíduos para extorquir significativas quantias”, explica Andréa Felgueiras, gerente executiva de Marketing no ManpowerGroup Brasil.
Pensando em ajudar os trabalhadores brasileiros, a especialista separou algumas dicas que podem ser essenciais para identificar golpes, evitando tornar o sonho da oportunidade de emprego em pesadelo.
Não pague nada
A especialista explica que, geralmente, os golpistas afirmam ser necessário pagar para fazer um exame admissional ou toxicológico antes de efetuar a “contratação”, o que não é verdade.
Essa artimanha é uma das mais comuns: eles entram em contato via SMS ou por aplicativos de mensagens e iniciam uma conversa com a vítima. Depois, afirmam que o candidato foi aprovado e que é necessário pagar um exame para a admissão. Após o pagamento do suposto exame médico, normalmente via Pix, o falso recrutador some e o profissional descobre que caiu em um golpe.
“Esse é um ponto de atenção importante por dois motivos. Primeiro, não se é aprovado em nenhuma vaga sem fazer uma entrevista ou qualquer outra forma de seleção. Segundo, os custos desses exames costumam ser das empresas e não do novo colaborador”, explica Andréa.
Verifique se a vaga é verdadeira
Pesquise sobre a vaga no portal e nas redes sociais da empresa. Se o golpe já é recorrente, muitas vezes há um alerta fixado nas páginas da companhia; portanto, vale ficar de olho nos perfis.
“Recomendamos certificar-se de que a vaga é verdadeira até mesmo antes de preencher qualquer formulário com dados pessoais, uma vez que os golpistas também podem fazer o uso indevido dessas informações”, orienta.
“Mesmo assim, é necessário atenção, já que os golpistas também podem fazer uso das informações e imagens dessas plataformas. Em caso de dúvidas, peça para o recrutador enviar um e-mail e verifique se domínio do endereço é, de fato, da empresa. Outra opção é enviar uma mensagem nos canais oficiais da contratante para se certificar da existência da posição, informações do processo seletivo e até mesmo a identidade de quem fez a abordagem”, continua a especialista.
Mantenha a calma e verifique o local da entrevista
Andréa entende que a expectativa por uma recolocação pode comprometer um pouco a atenção do candidato durante a busca por emprego. Ela reforça que os candidatos devem manter a calma e se atentar aos detalhes mesmo assim.
“Os golpistas usam fotos de recrutadores existentes e trazem informações reais sobre a empresa com objetivo de confundir as vítimas. Caso peçam para ir até o local da entrevista, pesquise o telefone oficial da empresa, ligue antes e pergunte sobre o processo seletivo. Esse contato vai ajudar a entender se de fato está acontecendo uma triagem para a seleção de funcionários da empresa naquele endereço”, finaliza.