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Falta de mão de obra e IA afetam mercado de trabalho

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A falta de mão de obra para atender às necessidades de contratação as empresas foi o destaque da tarde desta quarta-feira na J.Safra Investment Conference, realizada no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. Horácio Lafer Piva, do conselho de administração da Klabin, disse que várias empresas enfrentam dificuldades para preencher novas vagas, e que o analfabetismo funcional agrava a situação das indústrias.

“Os trabalhadores mais jovens não querem mais aceitar determinados tipos de trabalho e, nas posições de entrada, a escassez de mão de obra é muito grande”, disse Piva. Ele citou que a Klabin tem várias parcerias com instituições de formação de mão de obra, e defendeu que o Brasil precisa enfrentar com seriedade o problema da educação.

Ricardo Botelho, CEO da Energisa, disse que a falta de mão de obra é sentida nas regiões onde a empresa atual, no Centro Oeste e no Estado de São Paulo. A Energisa mantém programas de formação de eletricista, que atraíram mais de 17 mil inscritos no ano passado, sendo que 60% foram contratados. “Além de investir na formação, buscamos trabalhar também pela retenção dos trabalhadores.

Horácio Piva acrescentou que muitas indústrias tentam evitar entrar na guerra salarial, oferecendo outros atrativos como a participação nos lucros e resultados.

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Inteligência artificial e falta de mão de obra

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Iguatemi, Pedro Jereissati, disse que oferecer oportunidades de crescimento para os novos funcionários pode fazer a diferença. Ele citou o exemplo de um moinho de trigo que a empresa tem no Nordeste, que enfrenta dificuldade de encontrar trabalhadores. “A profissão de padeiro é uma atividade que quase ninguém mais quer”, comentou.

“Poucos querem acordar cedo e trabalhar de madrugada diante de novas oportunidades no empreendedorismo, ou como motorista de Uber ou mesmo microinfluenciadores da internet”, disse Jereissati. Ele destacou que a inteligência artificial deve trazer grandes mudanças em grande velocidade, melhorando a produtividade de forma significativa em muitos setores.

O representante da Energisa relatou que a empresa já está utilizando a tecnologia de inteligência artificial em diversas atividades, como a anális de crédito e sistema de cobrança de contas atrasadas. “Vamos precisar de trabalhadores cada vez mais qualificados, pois a inteligência artificial não substitui o conhecimento humano”, disse. “Podemos estar destruindo várias gerações que não estão preparadas e não vão ter oportunidade de trabalho”, acrescentou.

Horácio Lafer Piva também citou exemplos onde a inteligência artificial já está sendo aplicada na sua empresa. “Reduzimos o tempo de contratação, cortamos caminho na área jurídica com essa tecnologia poderosíssima, que otimiza reuniões. A IA nos ajuda na percepção de problemas, na tomada de decisão e na ação. É algo que assusta, mas é absolutamente revolucionário.”

“O Brasil tem um mercado potencial extraordinário, temos muitas vantagens comparativas e competitivas no ímpeto exportados, é um país sem problemas de fronteira, sem pretensão hegemônica, sem riscos naturais. Os nossos problemas tem causa, efeito e soluções conhecidas e resolvidas. O primeiro desafio é a perda de oportunidades, a regulação por exemplo é constantemente mudada. O que também tira nossa competitividade é a insegurança fiscal e jurídica, o que tira o apetite por investimentos. É um país que pensa no curto prazo, e que precisa ter mais disciplina”, disse Horácio Piva.

Antes de encerrar, ele comentou sobre um aprendizado na juventude, quando presenciou um ensinamento de Joseph Safra (1938-2020), controlador do Banco Safra. “Meu pai foi assinar um contrato com o banco, e o Sr. Joseph Safra sugeriu que eu devia assinar junto com ele. Meu pai perguntou o motivo, e ele justificou: se o negócio der errado, ele vai aprender e não errar mais. Foi determinante para perpetuar o aprendizado desde cedo”.

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