Segundo analistas, há dúvidas sobre a estabilidade do novo governo e se ele conseguirá aprovar medidas de reforma no Parlamento, sendo a adoção do orçamento para 2025 o primeiro e difícil desafio.
O governo, liderado pelo conservador Michel Barnier, ex-negociador da União Europeia para o Brexit, enfrentará a difícil tarefa de tapar um buraco enorme nas finanças públicas, o que pode envolver a necessidade de decidir aumentos de impostos politicamente tóxicos.
Macron nomeou Barnier, um político veterano de 73 anos de idade, como primeiro-ministro no início deste mês, mas as longas conversas que ele teve que conduzir para reunir uma equipe foram uma ilustração das difíceis tarefas que estão por vir.
Os partidos centristas e conservadores conseguiram reunir forças, mas dependerão de outros, especialmente do Rally Nacional (RN) de extrema direita de Marine Le Pen, para permanecer no poder e fazer com que os projetos de lei sejam adotados por um Parlamento bastante fragmentado.
“O governo centrista é, de fato, uma administração minoritária”, disseram os analistas da Eurointelligence em uma nota. Seus ministros “não apenas terão que concordar entre si, mas também precisarão dos votos dos partidos de oposição para que seus projetos de lei sejam aprovados. Isso significa oferecer ainda mais concessões.”
O RN deu apoio tácito ao governo de Barnier, mas se reservou o direito de desistir a qualquer momento se suas preocupações sobre imigração, segurança e outras questões não fossem atendidas.