Extra
Por Gustavo Silva
Os servidores das agências reguladoras federais realizaram uma assembleia e rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. A proposta, discutida na quinta reunião da mesa de negociação com o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), foi recusada por 99% dos votantes, com apenas oito votos favoráveis e 1.587 votos contrários.
O governo havia sugerido um reajuste de 14,4% para os servidores do Plano Especial de Cargos e 23% para os da carreira, a ser implementado em duas parcelas, em 2025 e 2026. No entanto, a oferta não foi suficiente para atender às expectativas dos servidores, que consideram que a proposta não abrange itens cruciais da pauta não-remuneratória e de fortalecimento das agências reguladoras.
Sindicato avalia oferta como insuficiente
De acordo com o Sinagências, a proposta não atende às reivindicações de valorização da Regulação Federal e não resolve as disparidades apontadas por ministros do próprio governo em ofícios encaminhados ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
“A oferta do governo não reflete a importância das agências reguladoras e não cobre as necessidades de fortalecimento e valorização que a nossa categoria exige” escreveu o sindicato, em nota.
Uma nova rodada de negociações está agendada para o dia 13 de agosto, às 16h30, no bloco C da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A data foi confirmada pelo MGI após a rejeição formal da proposta inicial pelo Sinagências.
“Estamos aguardando que o governo apresente uma proposta mais condizente com as nossas necessidades e com as demandas de valorização das agências”, complementou a nota.
Paralisação a caminho
Para pressionar o governo e chamar a atenção da sociedade para suas reivindicações, os servidores aprovaram uma paralisação geral de 72 horas, que ocorrerá entre os dias 12 e 14 de agosto.
