Todos os anos, o Google revela não o que o mundo mais buscou, mas o que mais cresceu na curiosidade global. Em 2025, o avanço da inteligência artificial não apenas ocupou conversas, mas reconfigurou prioridades digitais. O relatório mostra que chatbots, crises geopolíticas, blockbusters de cinema e literatura viral moldaram o imaginário coletivo. Entre todos eles, um nome se destacou muito acima do resto: Gemini, a aposta máxima do Google em IA.
Gemini toma a liderança e supera esportes, política e celebridades

O termo que mais disparou em crescimento foi “Gemini”, o chatbot de IA que se consolidou como o principal projeto da Google DeepMind. Seu avanço ultrapassou buscas associadas a dois dos maiores motores de interesse global: grandes eventos esportivos e crises políticas.
O segundo termo de maior crescimento no mundo foi “India vs. England”, reflexo da popularidade colossal do críquete e de suas audiências bilionárias. Em terceiro lugar, apareceu “Charlie Kirk”, influenciador político cujo assassinato em 2025 desencadeou um tsunami informativo e investigativo. Mesmo assim, nem esse impacto sociopolítico superou o fascínio crescente pelas ferramentas de IA.
A lista ainda trouxe outro nome tecnológico em ascensão: “DeepSeek”, plataforma chinesa de IA que se tornou sinônimo de velocidade e eficiência algoritmica. Colocada no sétimo lugar, confirma que o interesse do público global pela inteligência artificial não é episódico — é estrutural.
Política internacional volta ao centro das buscas
Apesar da hegemonia da IA, o campo dos assuntos de atualidade foi dominado por temas que refletiram um ano geopoliticamente turbulento. O Google destacou:
- “Asesinato de Charlie Kirk” — o termo de maior aceleração do ano.
- “Irán” — país que foi pivô de tensões militares e diplomáticas em 2025.
- “Cierre del gobierno de EE. UU.” — a paralisação administrativa americana que mobilizou manchetes e incertezas econômicas.
Essas três expressões traduzem a mistura de ansiedade política e curiosidade global que definiu boa parte das conversas online.
Cinema e atores mais buscados: “Anora” no topo
No entretenimento, o destaque absoluto foi o filme “Anora”, cuja repercussão crítica e impacto cultural o colocaram acima de superproduções como “Superman” e “Minecraft”. A força da obra se refletiu diretamente na categoria de atores:
- Mikey Madison — protagonista de Anora, e nome mais buscado de 2025.
- Lewis Pullman — integrante de Thunderbolts, do Universo Marvel.
- Isabela Merced — parte do elenco de Superman, que impulsionou seu interesse global.
O ranking confirma como cinema e celebridades continuam modulando fluxos massivos de atenção digital.
Esportes mantêm sua diversidade — e o PSG lidera entre equipes

No esporte, o Google apontou a “Copa Mundial de Clubes da FIFA” como o evento que mais cresceu em buscas, refletindo a expansão global do futebol de clubes e o novo formato do torneio. Em seguida apareceram:
- Copa da Ásia
- Trofeo de Campeones da ICC
Entre os times mais buscados, o interesse mundial seguiu padrões já conhecidos:
- Paris Saint-Germain (PSG)
- SL Benfica
- Toronto Blue Jays
A presença de um clube de beisebol canadense entre os três primeiros reforça a diversidade das audiências esportivas globais.
Literatura: Colleen Hoover segue dominando
No universo literário, a liderança ficou com “Regretting You”, de Colleen Hoover, autora que mantém um vínculo poderoso com plataformas digitais e leitores jovens. O pódio ainda incluiu:
- “Onyx Storm”, de Rebecca Yarros
- “Lights Out”, de Naveesa Allen
O destaque confirma uma tendência consolidada: a literatura viral, impulsionada por redes sociais, continua movendo grandes ondas de interesse global.
O retrato final de 2025
O “Ano em Pesquisas” mostra que 2025 foi moldado por três grandes forças:
a explosão da inteligência artificial, a instabilidade política internacional e a vitalidade da cultura pop.
Se 2024 já havia sido o ano da consolidação da IA, 2025 foi o momento em que ela tomou o centro da cena — não apenas como tecnologia, mas como fenômeno cultural.
Quando o Google mede o que o mundo quer entender, está medindo também o que o mundo está se tornando. E, em 2025, esse mundo fala cada vez mais a linguagem da inteligência artificial.
[ Fonte: Ámbito ]

