E inevitável a presença da IA no nosso dia a dia. Esta nova tecnologia e o que oferece está disponível a qualquer hora nos smartphones e nos PCs para ser usada em qualquer contexto. Uma análise revelada veio mostrar o outro lado deste cenário e revelar qual das IA recolhe mais dados pessoais. A Google domina aqui, mas não pela positiva.
Que IA recolhe muito mais dados pessoais?
A Google Gemini é a IA incorporada em todos os smartphones Android das grandes marcas do universo Android. Oferece integrações profundas com extensões e outros recursos. Estas extensões funcionam como agentes de IA, automatizando tarefas, seja criando playlists personalizadas do YouTube Music ou reservando voos e hotéis. É algo que a Siri ainda está longe de oferecer.
Mas, como seria de esperar, tratar de pedidos tão profundos entre aplicações requer muitos contextos pessoais. Isso leva a que a Gemini acabe por ser o chatbot de IA que mais questões de privacidade acaba por criar, por uma margem muito grande.
Quando a DeepSeek AI da China fez manchetes há algumas semanas, muitos utilizadores levantaram preocupações sobre as suas práticas de privacidade. Isto porque a China é conhecida pela sua sede de dados dos utilizadores que exige que as empresas locais armazenem. Mas acontece que as ferramentas de IA generativa do Google recolhem muito mais dados do utilizador do que qualquer outra alternativa convencional.
Gemini da Google lidera neste ponto
De acordo com uma análise realizada recentemente, a Gemini recolhe 22 tipos de dados dos 35 testados, liderando o grupo por uma margem significativa. O chatbot em segundo lugar, o Poe, está muito atrás, com 15 dados. Para referência, o Copilot da Microsoft recolhe 13, o ChatGPT e o Perplexity 10, enquanto o Grok recolhe 7 tipos de dados do utilizador.
O problema não é apenas o que estas ferramentas de IA recolhem, mas também para onde vão esses dados. Alguns chatbots não armazenam apenas as suas informações, encaminhando-as para a origem. A pesquisa descobriu que o Copilot, o Poe e o Jasper partilham dados dos utilizadores, incluindo informações de contacto, localização e histórico de pesquisa, com terceiros E isto para veicular anúncios direcionados.
O comportamento da Google acaba por não ser anormal. A empresa tem um historial de recolha excessiva de dados pessoais para oferecer melhores funcionalidades e integrações. Muitos destes dados acabam por ser usados para anúncios personalizados. Embora o Google tenha tentado descartar esta fama, foi acusada de o fazer mesmo no modo anónimo.