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Google quase perde liderança em inteligência artificial, mas aposta em executivo para reverter situação

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Josh Woodward pode não ser famoso no Vale do Silício, mas dentro do Google, todo mundo sabe quem ele é.

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Aos 42 anos, natural de Oklahoma, começou como estagiário de gestão de produto em 2009 e, nos últimos oito meses, está à frente do app Gemini, peça-chave da estratégia de inteligência artificial do Google.

Entrando em 2026, o papel de Woodward ficou ainda mais crítico, já que o Google precisa correr para acompanhar concorrentes de peso em IA, como a OpenAI, responsável por dar o pontapé inicial no boom da IA generativa com o lançamento do ChatGPT pouco mais de três anos atrás.

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Josh Woodward – Reprodução Linkedin

Pressão para manter a liderança em IA e a missão de Woodward

Com especialistas prevendo uma mudança do público do tradicional mecanismo de busca para apps de IA, o Google luta para manter os usuários dentro do seu ecossistema, seja para chatbots, imagens, vídeos ou compras online. Woodward lidera essa frente sem deixar a chefia do Google Labs, onde ficam os projetos experimentais de IA da empresa.

Clay Bavor, ex-codiretor do Google Labs, disse que a capacidade de Woodward de agir rápido, quebrar barreiras e entregar resultados “colocou ele bem no centro do trabalho mais importante do Google”.

A CNBC conversou com mais de uma dúzia de pessoas que trabalharam com Woodward para entender sua trajetória no Google, como ele chegou lá e a pressão de manter a empresa na dianteira da IA sem perder a confiança dos usuários. Diversos colegas atuais e ex-colegas, alguns falando sob anonimato, destacaram o quanto Woodward leva a sério as questões sociais ligadas ao poder da IA e o papel do Google no futuro.

Contexto delicado da promoção e primeiros resultados sob comando de Woodward

Quando Woodward foi promovido para comandar o Gemini, em abril, a posição do Google em IA era delicada. As ações da Alphabet caíram 18% no primeiro trimestre (pior desempenho desde 2022) e cresciam os temores de que a empresa estava perdendo o posto de “porta de entrada” da internet.

Demis Hassabis, cofundador do Google DeepMind e principal executivo de IA do Google, escreveu no comunicado da promoção que Woodward ficaria focado na “próxima evolução” do app, segundo reportagem da Semafor.

Um divisor de águas para o grupo de Woodward veio no fim de agosto, com o lançamento do Nano Banana, um gerador de imagens do Gemini que permite misturar várias fotos para criar bonecos digitais personalizados.

Em poucos dias, o Nano Banana ficou tão popular que sobrecarregou a infraestrutura da empresa, levando o Google a limitar temporariamente o uso para aliviar a pressão sobre seus chips especiais, chamados de TPUs.

“Nossas TPUs quase derreteram”, contou Amin Vahdat, chefe de infraestrutura de IA do Google, numa reunião geral em novembro, segundo áudio obtido pela CNBC internet.

No fim de setembro, o app Gemini ultrapassou 5 bilhões de imagens e desbancou o ChatGPT da OpenAI no topo da App Store da Apple. O Nano Banana agora está sendo integrado a outros produtos, como o Google Lens e o Circle to Search.

Assim como suas principais rivais, a Alphabet está despejando dinheiro na infraestrutura de IA de olho no aumento de demanda. No balanço de outubro, a empresa previu gastos de capital entre US$ 91 bilhões (R$ 502,32 bilhões) e US$ 93 bilhões (R$ 513,36 bilhões) no ano, acima da previsão anterior de US$ 85 bilhões (R$ 469,20 bilhões).

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Reação do mercado e crescimento dos usuários do Gemini

O humor de Wall Street sobre o Google mudou.

Mesmo com um primeiro trimestre difícil, as ações da Alphabet subiram 62% neste ano, superando todas as gigantes do setor, inclusive a Meta, que avançou 13%.

O Google informou em outubro que o app Gemini saltou de 350 milhões para 650 milhões de usuários ativos mensais desde março. O AI Overviews, que resume respostas com IA generativa, tem 2 bilhões de usuários mensais. A OpenAI, por sua vez, disse que o ChatGPT chegou a 800 milhões de usuários por semana em outubro.

No mês passado, o Google lançou o Gemini 3, sua versão mais recente, animando boa parte do setor de tecnologia.

“Nunca me diverti tanto quanto agora”, disse Woodward à CNBC logo após o lançamento. “É o ritmo acelerado, mas também as possibilidades que esses modelos dão para quem consegue imaginar novos usos e produtos.”

Bavor, hoje cofundador da startup de agentes de IA Sierra, disse que Woodward “foi um dos primeiros na empresa a enxergar o potencial dos modelos de linguagem para criar produtos” e elogiou sua capacidade de “mergulhar de cabeça em uma tecnologia nova, prever tendências e enxergar como ela pode ser usada”.

Eduarda Basso


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