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Redação Rádio Pampa
| 1 de setembro de 2024
Com o avançar da tecnologia de Inteligência Artificial, muitas coisas estão se tornando mais práticas. No entanto, ao que tudo indica, essa novidade pode mudar muito mais em nossa vida e o Google é uma das empresas que tem enxergado isso. A gigante da tecnologia está estudando a criação de uma inteligência artificial (IA) que identifica doenças por sinais sonoros.
Conforme um novo relatório do Bloomberg, o Google tem treinado seu modelo de inteligência artificial com a ajuda de 300 milhões de pedaços de áudios, que por sua vez inclui tosses, fungadas e até mesmo respirações mais difíceis com intuito de identificar se o usuário está com algum tipo de problema em específico.
Por exemplo, se o usuário está com problema respiratórios causados por uma tuberculose, a IA deverá ser capaz de dar um rápido diagnóstico para que um profissional da saúde seja procurado para exames serem realizados.
Para fazer com que essa ideia se torne ainda mais real, a gigante da tecnologia da Califórnia uniu forças com a empresa indiana Salcit Technologies, que é uma startup focada em saúde respiratória com a ajuda de IA.
A parceria visa trazer essa tecnologia de IA para os smartphones, onde será possível ajudar diversas pessoas em várias regiões do mundo cujo acesso aos cuidados médicos são extremamente precários. Caso essa parceria avance ainda mais, será possível ajudar muitas pessoas com a tecnologia até certo ponto, afinal, um profissional ainda será necessário.
Doença de Alzheimer
Não é a primeira vez que o Google tem se empenhado em ajudar com casos de saúde em que a tecnologia pode ser uma aliada vital no tratamento. Além de ter apoiado uma startup que, literalmente, usará IA para farejar doenças, o Pixel 4 foi usado para detectar sintomas da Doença de Alzheimer.
Especialistas do DigiHealth, um laboratório dedicado a pesquisas de tecnologia médica da Universidade de San Diego na Califórnia, estão utilizando, desde 2022, um curioso aparelho para estudar possíveis sintomas que indicam o desenvolvimento da Doença de Alzheimer — nada menos que o Pixel 4, um “antigo” celular top de linha do Google lançado em 2019.
O smartphone em questão não é utilizado por acaso. A câmera principal do Google Pixel 4 possui um avançado sistema de reconhecimento facial com seus sensores infravermelhos que, além de servir para desbloquear o celular, agora também permite rastrear indícios da doença ao observar os olhos do usuário.
Pessoas com risco de desenvolverem a doença começam a apresentar indícios desde antes do aparecimento de sintomas característicos — como confusão mental e delírio. Um dos estágios precursores é a dilatação das pupilas após passarem por estímulos cognitivos, como repetição de sequências analógicas de números.
Conforme explica Colin Barry, PhD na Universidade de San Diego, o sistema é capaz de distinguir a íris da pupila mesmo em olhos escuros por operar com sensores infravermelhos, tais que analisam as vibrações do espectro invisível aos humanos.