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Google reassume liderança na competição de Inteligência Artificial, declara Geoffrey Hinton

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Considerado o “padrinho da IA”, Geoffrey Hinton voltou a colocar o Google no centro das atenções ao afirmar que a empresa recuperou a liderança no desenvolvimento de inteligência artificial. Em entrevista ao Business Insider, ele apontou que lançamentos recentes e uma mudança de postura recolocaram a companhia à frente da OpenAI, reacendendo a competição que molda o futuro da tecnologia. A seguir, um panorama desse retorno à vanguarda.

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O retorno do Google ao protagonismo

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© VisionariosBols – X

Geoffrey Hinton, um dos nomes mais influentes da história da IA, afirmou que o Google retomou a dianteira no setor após um período de cautela. Para ele, a empresa está vivendo um “ponto de inflexão”, graças à evolução acelerada dos seus modelos e investimentos estratégicos que reforçam sua posição global.

Parte desse movimento ocorreu em um momento simbólico: o anúncio de uma doação de 10 milhões de dólares canadenses para criar a Cátedra Hinton em Inteligência Artificial na Universidade de Toronto, instituição com a qual o pesquisador colaborou por décadas. A universidade igualará o valor, reforçando a relevância acadêmica de seu trabalho — premiado em 2024 com o Nobel de Física por suas contribuições às redes neurais.

Gemini 3 e a nova fase da disputa com a OpenAI

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© Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images

O lançamento do Gemini 3 marcou um divisor de águas. Segundo fontes do setor ouvidas pelo Business Insider, o modelo colocou o Google tecnicamente à frente do GPT-5 da OpenAI, revertendo uma tendência de perda de protagonismo iniciada após o boom do ChatGPT.

Outro destaque é o Nano Banana Pro, novo modelo de geração de imagens que recebeu elogios por estabilidade e qualidade. Segundo analistas, essa combinação de avanços reacendeu dentro da OpenAI uma sensação de “alerta vermelho”, já que a empresa passa por desafios internos e disputa crescente no mercado.

Hinton lembra que o Google foi pioneiro em vários pilares da IA moderna, desde a criação dos transformadores — arquitetura essencial para grandes modelos de linguagem — até experimentos iniciais com chatbots avançados, muito antes dos concorrentes.

Quando a cautela freou a inovação

Apesar do histórico de liderança, o Google adotou uma postura conservadora após o fiasco do Tay, chatbot lançado pela Microsoft em 2016 que rapidamente passou a proferir mensagens racistas após interações online. A preocupação com reputação fez a empresa atrasar o lançamento de seus próprios modelos conversacionais.

O CEO Sundar Pichai admitiu publicamente que segurou produtos por não considerá-los prontos. Ainda assim, lançamentos recentes da empresa mostraram tropeços — como a suspensão de seu gerador de imagens por problemas históricos e respostas absurdas no buscador, incluindo a recomendação de colocar cola na pizza.

Para Hinton, porém, esses episódios não anulam a força estrutural do Google, que estaria voltando a arriscar mais sem perder o foco na segurança.

A vantagem estratégica dos chips próprios

Um ponto crucial no ressurgimento do Google é sua capacidade de fabricar seus próprios chips de IA. Esse domínio de hardware é visto como vantagem competitiva frente a rivais que dependem majoritariamente da Nvidia.

Relatos recentes indicam um possível acordo multibilionário para que a Meta utilize chips do Google em seus data centers. A notícia impulsionou as ações da companhia, reforçando a percepção de que ela está novamente na vanguarda tecnológica.

“Google tem muitos pesquisadores brilhantes, vastos conjuntos de dados e centros de computação robustos”, resume Hinton. “Minha aposta é que o Google vai vencer.”

Preocupações de Hinton e o futuro da IA

Hinton deixou o Google em 2023 motivado por preocupações éticas e sociais relacionadas ao avanço da inteligência artificial. Ele teme que modelos superem capacidades humanas, ampliem desigualdades ou causem substituição massiva de empregos.

Mesmo desligado da empresa, sua influência permanece evidente. A nova cátedra que leva seu nome, os investimentos em pesquisa e os avanços recentes mostram que o Google continua guiado por conceitos que ele ajudou a moldar — e que sua visão segue no centro da disputa global pela liderança da IA.

Com o setor em rápida evolução, uma coisa parece certa: a corrida está longe de terminar. Mas, por ora, o Google volta a correr na frente.

 

[ Fonte: Infobae ]

 

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