[Do Mobile Time] O Google anunciou que o Gemini não interagirá a prompts relacionados às eleições municipais, que acontecem em outubro deste ano. A medida visa evitar que a inteligência artificial generativa seja usada para disseminação de desinformação e é uma das ações da empresa uma das ações da empresa em prol da democracia anunciadas na última segunda-feira, 5, em São Paulo, durante evento.
O YouTube também embarca no ritmo eleitoral. Em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a plataforma de vídeos terá widgets temáticos e destacará conteúdos confiáveis. Para isso, toda vez que um usuário procurar por assuntos relacionados às eleições, o YouTube o levará a vídeos publicados pelo próprio TSE. O formato é bastante semelhante ao de 2022, quando o acordo rendeu 240 milhões de visualizações.
Outro ponto relacionado à plataforma de vídeos é que, desde março deste ano, os usuários que usarem IA têm que indicar isso na descrição ou na frente do player. Caso não o façam, o YouTube pode adicionar essa identificação e até aplicar punições, como remover o conteúdo ou suspender o Programa de Parcerias.
Na visão de Flavia Annenberg, gerente de relações governamentais do Google, “a tecnologia pode e deve ser uma aliada da democracia. A nossa ideia é que ela seja usada para propor soluções e ajudar a enfrentar os desafios que surgem nas eleições”, declarou.
Identificação é a aposta do Google
Os conteúdos de buscas no site da big tech também passam a ter mais detalhes sobre conteúdos ou imagens. No primeiro, os três pontos ao lado do link têm a opção “Sobre esta página”, a qual informa o contexto histórico da informação. Na segunda, o mesmo caminho leva ao “Sobre esta imagem”, que indica a origem e a publicação dela.
Na Play Store, os aplicativos do Governo Federal passam a ter uma etiqueta chamada de Play Badge para autenticá-los como oficiais. “O nosso maior objetivo aqui é continuar contribuindo com o processo democrático”, disse Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.
Desde 2023, a big tech também conta com o SynthID, que identifica com uma espécie marca d’água sons e imagens geradas por inteligência artificial.
Investimento em educação e agências de checagem
O Google manterá sua parceria com o Instituto Palavra Aberta e doará R$ 4 milhões à instituição, que oferece educação midiática através do projeto Educamídia. Em sua nova edição, ele também abordará IA e deve capacitar 50 mil professores que, por sua vez, levarão o aprendizado a cerca de 1 milhão de estudantes.
Outro ponto divulgado é o aporte financeiro à Lupa e Aos Fatos, ambas agências de checagem de notícias. Enquanto a primeira expandirá sua ferramenta de verificação de conteúdos publicados por candidatos nas redes sociais, a segunda analisa os discursos de políticos em vídeo e os conecta a fontes que se aprofundam no assunto.
