Governo arrecada R$ 201,6 bilhões em agosto

Arrecadação cresce acima da inflação em um ano. Com a variação nominal de 16,68% na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta real (acima da inflação) alcança 11,95%. Já entre janeiro a agosto de 2024, o acréscimo sobre o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 9,47%.

Valores mantém evolução positiva da arrecadação federal. No primeiro semestre, o embolso de R$ 1,3 trilhão do governo representou a maior arrecadação da história para o período. O recorde foi repetido em julho, quando as receitas somaram 231 bilhões.

Por que a arrecadação aumentou

Medidas aprovadas pelo governo ajudam a explicar o resultado. Segundo a Receita Federal, o aumento da arrecadação pode ser justificado pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pelo decreto que adiou o recolhimento de tributos devido às chuvas no Rio Grande do Sul e pela tributação dos fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior.

Neste mês estamos recebendo a primeira parcela do diferimento dos tributos prorrogados por conta da calamidade no Rio Grande do Sul. Por isso, houve um efeito positivo de R$ 3,6 bilhões. Nós conseguidos estimar esse efeito.
Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal.

PIS/Pasep e a Cofins totalizaram arrecadação de R$ 45,7 bilhões. O Fisco afirma ainda que o desempenho é explicado pelo aumento real de 7,35% da produção industrial, de 7,2% do volume de vendas do comércio e de 4,3% do montante de serviços prestados. As duas avaliações consideram as pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para os setores.

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