O governo central registrou déficit primário de R$ 9,283 bilhões em julho, o oitavo maior para o mês em termos reais em toda a série histórica, segundo o Tesouro Nacional. A série tem início em 1997. Com isso, no acumulado de 12 meses até julho, o governo central teve déficit de R$ 233,3 bilhões, o equivalente a 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública. Desagregando, o resultado de julho foi formado por superávit de R$ 13,5 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 22,456 bilhões da Previdência Social e déficit de R$ 327 milhões do BC.
Em julho de 2023, as contas ficaram negativas em R$ 35,921 bilhões. Em 2023 como um todo, por sua vez, houve déficit de R$ 230,535 bilhões (2,12% do PIB).
No acumulado deste ano até julho, o governo central registrou déficit de R$ 77,858 bilhões, fruto de superávit de R$ 143,416 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 220,678 bilhões da Previdência e déficit de R$ 596 milhões do BC.
A meta de resultado primário para este ano é de déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, para cima ou para baixo. O intervalo é equivalente a R$ 28,8 bilhões aproximadamente.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento projetam neste momento resultado negativo justamente de R$ 28,8 bilhões, no limite inferior da banda, para 2024, considerando o contingenciamento anunciado em julho.
A receita líquida total do governo central registrou alta real de 9,5% em julho (contra igual mês de um ano antes), somando R$ 183,544 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais caíram 6,0% na mesma comparação, alcançando R$ 192,828 bilhões. Já no acumulado do ano a receita líquida alcançou R$ 1,249 trilhão (alta de 8,7%), enquanto as despesas totais somaram R$ 1,326 trilhão (alta de 7,8%).
Ainda segundo o Tesouro, o governo federal não recebeu dividendos de empresas estatais em julho. No mesmo mês de 2023, o pagamento de dividendos pelas estatais somou R$ 1,9 bilhão. Com isso, o governo obteve R$ 35,641 bilhões em dividendos e participações no acumulado deste ano, contra R$ 34,613 bilhões no mesmo período de 2023.
O governo federal investiu R$ 12,103 bilhões em julho, o que representa alta real de 64,8% em relação a igual mês de 2023. No acumulado de 2024, por sua vez, os investimentos somaram R$ 44,068 bilhões, alta real de 43,7% na comparação com igual intervalo de 2023.
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