Governo classifica seca e incêndios como crise e mobiliza ministros para respostas

O Brasil vivencia um aumento expressivo nos casos de queimadas, com impactos diretos e perceptíveis na qualidade do ar em diversas regiões do país, que levaram o governo federal a tratar a situação como crise. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mobilizou ministros de diversas áreas para oferecer respostas emergenciais para os eventos, que queimam florestas, plantações, causam danos à saúde e provocam falta de distribuição de comida e água, podendo pressionar os preços, de acordo com reportagem do jornal Estadão.

Lula cumpre agenda no Amazonas, nesta terça-feira (10), com uma comitiva de ministros para anunciar medidas aos Estados e municípios que decretaram emergência devido à estiagem. O presidente vai iniciar a agenda em Tefé, a 523 quilômetros de Manaus, visitando áreas atingidas pela seca às 10h40, e vai se reunir com prefeitos do Amazonas na capital do Estado, às 15h30, onde anuncia medidas de combate à seca.

O governo ainda não detalhou as ações que serão implementadas, mas ministros discutem a criação de uma força-tarefa para combater os incêndios, prestar socorro a pessoas com problemas respiratórios e fornecer recursos emergenciais aos governos locais. Uma missão humanitária da Força Nacional de Segurança Pública já foi enviada à faixa de fronteira com a Bolívia para enfrentar os focos de incêndio.

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O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que acompanhará Lula em sua próxima viagem, visitou Pará, Amazonas e Rondônia nas últimas semanas. Ele pediu que governadores e prefeitos acelerassem a emissão de decretos emergenciais. A maior preocupação é garantir o abastecimento de água e alimentos, além de tratar a intoxicação de crianças e idosos em comunidades carentes e aldeias indígenas, muitas delas em áreas isoladas.

O ministro disse que conversou com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no dia 7 e que será feita uma força-tarefa na regiões atingidas.

A crise elevou os preços dos alimentos em diversas regiões, acionando um alerta no Ministério da Assistência Social. Em localidades isoladas, a seca prolongada tem reduzido o nível dos rios utilizados para navegação, dificultando o acesso a essas comunidades e a entrega de auxílios.

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