O governo do Líbano solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional Unido após o último ataque israelense em Beirute, acusando Israel de realizar atos “semelhantes a genocídio” em solo libanês.
O gabinete interino do país disse em uma declaração publicada no X que o “ataque a uma área residencial populosa mais uma vez prova que o inimigo israelense não tem consideração por questões humanitárias, legais ou morais, mas continua o que se assemelha a genocídio”.
“Esta nova agressão é uma questão de consciência para a comunidade internacional, que permanece em silêncio sobre violações de direitos humanos e Justiça”, pontua a nota.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e seus ministros foram informados do ataque durante uma reunião de gabinete, na qual ele ressaltou que as últimas ofensivas israelenses — incluindo as explosões de pagers desta semana — foram “um ato criminoso vergonhoso e condenado, semelhante a genocídio e um massacre horrível”.
Ao pedir para que a comunidade internacional atue diante da ação militar israelense, Mikati destacou que o Líbano recebeu ligações de representantes internacionais confirmando que Israel “cruzou as linhas vermelhas”.
Mikati também anunciou que viajará para Nova York nesta sexta-feira (20) para discursar diretamente na ONU e que entrará com uma proposta para “introduzir leis internacionais para salvaguardar tecnologias civis de serem usadas para fins militares”.